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A TERRA do ALTO ALENTEJO

A TERRA do ALTO ALENTEJO

06
Mar11

A CONSTRUÇÃO CIVIL NO ALTO ALENTEJO

DELFOS
Não sabe quanto emprego geram as ditas. Estas que o blog registou. Gostava de alongar um bocado mais a frente e a coisa mas confessa que começa a ter medo nas terras do concelho de Gavião. Ao viver num concelho onde não existe um biblioteca e a que existiu lhe foi tirada para uma consulta - que se lhe dá e depois se lho tira - ou que em Passos do seu concelho lhe ia dando umas fotocópias sobre o mesmo e depois se lhas tira, apenas está mandando o blog para a Maria Cardoso ou para o Tarafal. Uma escuridão tão profunda o blog sente meus caros. Parece que não se quer que o cidadão comum abra os olhos. E diz que apoia a cultura. Mas o machado corta tão profundo e fundo e faz as pessoas tão brutas...Enfim é assim. São terras de uma América Latina ou um deserto de África aqui tão perto...
 
O blog conseguiu registar 12 empresas de construção civil no concelho de Gavião. No concelho de Alter do Chão registou 7. Em Castelo de Vide foram apenas 3. O Crato, o Grandioso Crato aqui ao lado apenas tem 5. O de Fronteira tem 12 empresas. Marvão tem 9. Monforte tem 8. Nisa, este Condado tem 19. Portalegre, para terminar, o concelho de Portalegre tem 46. E para uma consulta mais profunda, algum interesse mais aprofundado por vós, aconselha-se http://www.portugalio.com/construcao-civil/nisa.
 
 
GAVIÃO

Antonio R Matos Heitor Gavião, Portalegre

Armando da Silva Goncalves Galinha Gavião, Portalegre

Cavaco & Tomas, Lda Comenda, Gavião, Portalegre

Fepema - Construções, Unip., Lda Gavião,

Francisco Labronço - Construção e Reparação de Edificios, Lda Ferraria, Gavião, Portalegre

Galinha & Hipolito, Lda Gavião, Portalegre

Gaverg - Construções, Lda Vale de Bordalo, Margem, Gavião, Portalegre

Gavicofra - Construções, Unip., Lda Gavião, Portalegre

Helder Manuel Gonçalves Infante Gavião, Portalegre 6040-105 Gavião

Mistura de Luxo - Unipessoal Lda Margem, Gavião, Portalegre

Rui Manuel Delgado Pereira Gavião, Portalegre

Urbigav - Construções, Unip., Lda Gavião, Portalegre

 

 

ALTER do CHÃO

Alberto Pereira Ribeiro Alter do Chão, Portalegre
Francisco Duarte Prego & Filhos, Lda Alter do Chão, Portalegre
J.L.G. Silvestre, Lda Alter do Chão, Portalegre
João Manuel A Engracio Alter do Chão, Portalegre
João Martins Palmeiro Chancelaria, Alter do Chão,
Jose Manuel Cabaço Barreto Seda, Alter do Chão,
Manuel Marques Airoso Alter do Chão, Portalegre
 
 
CASTELO de VIDE
João M Franco Pires Nossa Senhora Graça Póvoa Meadas, Castelo de Vide, Portalegre, Póvoa e Meadas 
Jose Joaquim Carrilho Santa Maria da Devesa, Castelo de Vide, Portalegre
Soc. de Construções Jose Ramos & Filhos, Lda Santa Maria da Devesa, Castelo de Vide, Portalegre
 
 
CRATO

Antonio Garcia Ventura Gáfete, Crato, Portalegre

Construções Ventura & Filho, Lda Gáfete, Crato, Portalegre

Mario das dores Carrilho Casa Carrilho Crato e Mártires, Crato, Portalegre

Mundipedra - Soc.Construção Calçadas Compra Venda de Propriedades, Lda Gáfete, Crato, Portalegre

 

 

FRONTEIRA

Casas d`Alem, Lda Fronteira, Portalegre

João Luis Godinho Niza Cabeço de Vide, Fronteira, Portalegre

João Maria Torres Garcia Cabeço de Vide, Fronteira, Portalegre

João Moreira C Espadinha Fronteira, Portalegre

Vitor Manuel Pereira Sebastião Cabeço de Vide, Fronteira, Portalegre

 

 

MARVÃO

A Aldeia - Construções Civis, Unip., Lda Santo António das Areias, Canto Roubado, Marvão, Portalegre

Antonio Joaquim Tome Anselmo Santo António das Areias, Marvão, Portalegre

Construções Paz & Paz Lda Beirã, Marvão, Portalegre

Construtora Marvanense, Lda Beirã, Marvão, Portalegre

Construtora Marvanense, Unip., Lda Beirã, Marvão, Portalegre

Construtora Raposo & Filhos, Lda Beirã, Barretos, Marvão,

Jose Pedro Carrilho Mimoso São Salvador da Aramenha, Portagem, Marvão, Portalegre

Multigolf - Soc. de Construções, Lda São Salvador da Aramenha, Marvão, Portalegre

 

 

MONFORTE

Azeiteiro & Galão, Lda Vaiamonte, Monforte,

Construções Ferreira & Cia.rrajola, Lda Vaiamonte, Monforte, Portalegre

Emidio & Silva - Construtores, Lda Assumar, Monforte, Portalegre

Estevão Lopes & Moreira, Lda Monforte, Portalegre

Gois & Gois Construtores, Lda Assumar, Monforte, Portalegre

Gois & Gois, Construtores, Lda Assumar, Monforte, Portalegre

João Antonio Sabino Fialho Leal Santo Aleixo, Monforte, Portalegre

Vitor Manuel Jesus Torres Estrela Vaiamonte, Monforte, Portalegre

 

 

 

PORTALEGRE

A.Ricardo & Filho, Lda Alegrete, Portalegre

Constralegre - Construtores Civis, Lda São Lourenço, Portalegre

Construcion Alvion 98 Sl São Lourenço, Portalegre

Construções Antonio Mão Ferro, Lda Reguengo, Portalegre (Cruz das Mós)

Construções Carloto & Filhos, Lda São Lourenço, Portalegre 7300-142 Portalegre

Construções Monte da Ribeira, Lda Ribeira de Nisa, Portalegre (Monte Carvalho)

Construções Porta Alegre, Lda São Lourenço, Portalegre

Damião & Belo, Lda Sé, Portalegre 

Efeito - Construtores, Lda Carreiras, Portalegre

Irmãos Gandum, Lda Sé, Portalegre

J. M. V. Ricardo, Lda Sé, Portalegre

João Eugenio Salgueiro Nunes Carreiras, Portalegre

João Martins Branquinho Ganhão São Lourenço, Portalegre

Joaquim Maria Bonito Rita Urra, Portalegre

Jose Antonio F Miranda Urra, Portalegre

Jose Antonio Gaiato Rita Urra, Portalegre

Jose João Gasalho Pires Sé, Portalegre

Manuel J L Correia São Lourenço, Portalegre

Multiquatro - Soc. de Construções, Lda São Lourenço, Portalegre

Nelson Joaquim Genizio Sé, Portalegre

Soc. Alentejana de Construções, SA São Lourenço, Portalegre

Soc. de Empreitadas Centrejo, Lda São Lourenço, Portalegre

Tavares, Irmão & Reis, Unip., Lda Sé, Portalegre

 

 

NISA

Antonio Carita dos Santos Marquez Espírito Santo, Nisa, Portalegre

Antonio Maria Temudo Semedo Alpalhão, Nisa, Portalegre

Cavaca & Tomas, Lda Tolosa, Nisa, Portalegre

Construtora Bagulho & Galucho, Lda Nossa Senhora da Graça, Nisa, Portalegre

Crespo & Parreira, Construtores, Lda Tolosa, Nisa, Portalegre

Fernando Graça Vinagre Mouro Nossa Senhora da Graça, Nisa, Portalegre

Francisco Gomes Paulino Tolosa, Nisa, Portalegre

Isabelinho - Construções, Lda Tolosa, Nisa, Portalegre

J Durão, Lda Espírito Santo, Nisa, Portalegre

J.Severino & Filhos - Construtores, Lda Tolosa, Nisa, Portalegre

João Leonel A Calhaço Alpalhão, Nisa, Portalegre

João Luis Melato, Lda Espírito Santo, Nisa, Portalegre

Jorge Fernando Dinis Florindo Tolosa, Nisa, Portalegre

Jose Alvaro Pais Figueiredo Espírito Santo, Nisa, Portalegre

Jose M Barreto Carita Espírito Santo, Nisa, Portalegre

Jose Manuel Presumido Becho Alpalhão, Nisa, Portalegre

Jose Maria P Cabim Espírito Santo, Nisa, Portalegre

 

 

14
Fev11

OS COMERES DO AZEITE NO CONCELHO DE MARVÃO

DELFOS

"A vila medieval de Marvão, no norte alentejano, recebe, a partir de sábado, uma quinzena gastronómica dedicada aos comeres de azeite, sob a chancela da marca "Marvão Bom Gosto", anunciou hoje a organização.

A sexta edição das Comidas de Azeite é promovida pelo município de Marvão, que também já anunciou, para o primeiro dia do evento, uma tertúlia sobre a temática do azeite.

O debate, subordinado ao tema "A Produção de Azeite em Marvão - perspetivas de futuro", decorrerá a partir das 11 horas, na Casa do Povo de Porto da Espada, perto da vila.

A quinzena gastronómica, a decorrer até ao dia 6 de Março, conta ainda com um almoço convívio no primeiro dia do evento, no recinto de festas de Porto da Espada.

Durante a iniciativa, que conta com a participação de 13 restaurantes do concelho 14 Fevereiro 2011horas, o município de Marvão pretende chamar à atenção para a importância do azeite como sendo uma das gorduras naturais mais saudáveis.

Nos restaurantes aderentes poderão ser saboreados várias iguarias confeccionadas à base de azeite, tais como açorda alentejana, borreguinhos de azeite, alhada com azeite e coentro ou entrecosto frito em azeite e alho."

In JORNAL DE NOTÍCIAS de 14 de Fevereiro de 2011

04
Fev11

MARVÃO MARCA NUMA BALIZA

DELFOS

O blog "ALENTEJO no NORTE", ao ler no espaço http://www.cm-marvao.pt/noticias/noticiasdet.asp?news=453 :


"O Sr. Vereador, Dr. José Manuel Pires informou que a Marca “Marvão Bom Gosto” vai ser disponibilizada a todos os restaurantes do concelho, de forma a promover a gastronomia local/tradicional de Marvão, podendo para o efeito, usar esta imagem de Marca em menus “Marvão Bom Gosto”. Esta iniciativa irá ser divulgada através do site, com a colocação dos restaurantes aderentes e respectivos menus. ------------

A mesma Marca poderá ser disponibilizada aos alojamentos do nosso concelho, os critérios serão discutidos em conjunto com a Região de Turismo do Alentejo." e ficou muita contente com a iniciativa tomada pela edilidade mencionada e citada.


Resta saber, os municípios aqui da Zona, o blog está falando do concelho de Gavião, o do Crato e do de Nisa e se pergunta a si próprio para quando eles seguem os mesmos passos do concelho de Marvão. Não se sabe se o do Crato e o de Nisa já também tomaram a decisão mas que julga que não.

Não foi possível dar uma olhada pelas suas Agendas L21.

No tocante ao do Gavião, os três ou quatro minutos que esteve com ela na mão, apenas sabe, nela está lá contida também a criação de uma "Marca".

A questão é saber para quando a sua criação e a sua implementação...

02
Fev11

CIDADE ROMANA DE AMMAIA NO CONCELHO DE MARVÃO

DELFOS
2011/02/01 Posted in: Alentejo, Cidades Romanas em Portugal e no espaço http://www.portugalromano.com/?p=670 "

- Próximo da vila de Marvão surge um dos mais importantes vestígios da civilização romana no Norte Alentejo e embora a crea escavada ainda seja diminuta, é possível verificar todo o seu potencial enquanto vestígio de uma cidade romana que não sofreu o continuo assentamento urbano de diferentes épocas no mesmo espaço.

«Entrada sul da cidade»

A cidade de Ammaia terá sido fundada provavelmente entre o final do século I a. C., e o início do século I d. C., aparentemente segundo as regras do ordenamento do território de Vitrúvio, arquitecto e urbanista romano do século I a.C, como parecem demonstrar os vestígios até agora encontrados.

«Vista da serra do Marvão»

Os testemunhos epigráficos amaienses, ainda que não indiquem datas, sugerem uma valorização da cidade por meados do século I, muito provavelmente em consequência de um processo desenvolvido no âmbito da promoção de numerosos centros urbanos na Hispánia meridional por iniciativa do Imperador Cláudio.

Conservada e sem quaisquer construçõeses na sua área de implementação, encontra-se apenas descoberto a porta sul, o podium de um templo, e numa fase inicial as termas, as piscinas e os canais de água, apenas 2% da área total da cidade, com cerca de 20ha e onde se estima terem habitado entre 4 e 5 mil habitantes.

A Ammaia apresenta uma malha urbana muito bem delimitada tendo sido detectados até ao momento diversos edifícios públicos, adivinhando-se também a existência de uma basílica, um teatro e um anfiteatro.

A cidade romana terá sido ocupada pelo menos até meados do século VI d.C., abandonada posteriormente a esta data, tendo sido ocupada esporadicamente após esse período, mantendo apenas uma população residual, altura em que terão surgido outros aglomerados populacionais com carácter mais defensivo que lhe tomaram o lugar, ter-se-á dado assim o aparecimento de Marvão, Marwan para os povos islámicos que no século IX ocupam toda a região do Alto Alentejo.

Arqueologia em AMMAIA

Civitas Ammaia, julgou-se até 1935 que essa cidade teria existido no local onde se viria a desenvolver Portalegre. Essa confusão ficou a dever-se a uma inscrição romana identificada numa parede da ermida do Espírito Santo daquela cidade na qual se referia o município de Ammaia. Contudo, sabe-se hoje que muita pedra aparelhada com que foram construção dos alguns dos principais edifícios de Portalegre foi trazida das ruínas de AMMAIA.

Entre essas pedras encontrava-se a ara que agora se guarda no Museu de Portalegre e que motivou tanta confusão.

Da cidade de Ammaia, sobretudo a partir do século XVI, sairam muitas pedras com que se construiram palácios e igrejas em Portalegre, muitas também foram utilizadas na construção das muralhas de Marvão e de Castelo de Vide e em várias edificaçõeses particulares.

Até que Leite de Vasconcelos identificou a nova inscriçãoo entre as ruinas da Aramenha, estas eram consideradas como os restos de uma cidade denominada Medóbriga. A atribuição do nome Medóbriga ficou a dever-se sobretudo a André de Resende e a inscrição desse topónimo numa lápide que se encontra na Ponte Romana de Alcântara.

Uma das portas da sua velha muralha foi transportada para Castelo de Vide em 1710 e posteriormente destruída.

«Arco da antiga porta de Ammaia em Castelo de Vide»

Num trabalho datado de 1852 o investigador espanhol D. José de Viu refere, que no seu tempo, mais de vinte belas estátuas de mármore recolhidas na Aramenha foram vendidas para Inglaterra.

A Fundaão Ammaia estabeleceu já contactos com instituições museológicas inglesas para saber onde podem ter ido parar as esculturas, mas até agora sem resultados...

... Resta apenas uma, que pode ser vista no museu de Ammaia, tem sido atribuíada a Britânico, o infeliz filho de Cláudio e de Messalina, nascido em 42 e assassinado em 55, o que permitiria situar a estátua e o forum, se a escultura fazia parte de um programa destinado ao mesmo, por meados do século I. Mas existe outra hipótese, que é a de atribuir a estátua a Nero, filho do primeiro casamento de Agripina e que foi adoptado por Cláudio em 50, com doze anos de idade, recebendo, dois anos depois, o título de Princeps Iuventutis. Embora o estado da peça não permita avançar muito mais, quer se trate de Britânico ou de Nero, este testemunho sugere, mais uma vez, uma data para início da construçao do forum próxima do final do principado de Cláudio.

«Estátua de togado com bulla, achada na Escusa (Museu da Ammaia) - tem sido atribuída a Britânico»

Nas últimas décadas foi possível começar a recolher algumas inscriões que se mostram hoje no Museu Municipal de Marvão (2). Sobretudo pelas mãos de António Maçãs e Leite de Vasconcelos foram carregados para o Actual Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa inúmeras peças recolhidas em Ammaia.

«Museu monográfico da Ammaia»

«a cidade foi engolida pela terra»

Com o inicio dos trabalhos arqueológicos em Ammaia, ( Outubro de 1994 ), começou a constatar-se que, sobretudo a zona baixa da cidade, se encontrava bem preservada sob uma uniforme camada de terras e calhaus rolados, transportados a grande velocidade provenientes das cotas mais elevadas. Começava-se, assim, a confirmar o que a memória popular tinha guardado - «a cidade foi engolida pela terra». Por causas ainda não determinadas verifica-se que entre os séculos V e o IX, da nossa era, a cidade de Ammaia, já em decadência, sofreu os efeitos de um qualquer cataclismo que ao soterrá-la a conservou, proporcionando que a uma profundidade média de 80 cm se possam identificar importantes estruturas arquitectónicas, como a grande praça pública lajeada que ladeia uma das portas da cidade. Na área do forum levanta-se o podium de um templo e por uma área superior a 17 hectares são visíveis testemunhos da cidade de Ammaia. Numa das encostas sobranceiras ao Rio Sever rasga-se o assento das bancadas de um recinto para espectéculos públicos.

«Termas do Forum»

Os mosaicos, aquedutos e calçadas que os autores dos séculos XVI, XVII e XVIII referem, ainda não foram identificados. Neste momento apenas uma ínfima parte da zona baixa da Cidade de Ammaia foi objecto de escavaço e estudo, possibilitando, mesmo assim, recuperar um conjunto muito significativo de materiais arqueológicos e evidenciar estruturas habitacionais e públicas de grande importância.

Descrita por autores clássicos como Plínio, pelos autores árabes, como Isa Ibn Áhmad ar-Rázi, e pelos mais conhecidos escritores e historiadores desde o século XVI.

A par do interesse pela investigação de uma das poucas cidades romanas que não se esconde sob construções de épocas posteriores, que por norma inviabilizam estudos alargados e sistemáticos, a maior parte da área ocupada pelas ruínas foi adquirida tendo em vista a sua escavação e recuperação.

Ammaia Romana

Do que resta da ocupa�o humana na cidade, para alem dos vestígios habitacionais, o visitante poder� desfrutar de uma visita ao Museu monográfico (1) onde estão patentes duas exposições com materiais que foram recolhidos ao longo dos tempos na cidade, quer no decorrer dos trabalhos agrícolas, quer j� com a realização de escavações arqueológicas no período entre os anos de 1995 e 2006.

«Museu monográfico da Ammaia»

Uma das exposições demonstra a vida quotidiana da população que viveu nesta cidade romana, e a outra, - fruto do trabalho de um coleccionador, o senhor António Maãs, que viveu paredes-meias com as ruanas da cidade, na vizinha Quinta dos Olhos D´água, e que na sua época conseguiu, em parceria com o Prof. Leite de Vasconcelos, recolher uma importante colecção de peças da Ammaia.

«Inscrião em honra do imperador Cláudio, com a primeira referncia à Civitas Ammaiensis
(foto: Museu Nacional de Arqueologia)»

Uma parte dessa colecção encontra-se depositada no Museu Nacional de Arqueologia e a outra foi recentemente entregue ao Museu de Ammaia para estar patente no seu espaço museológico. Esta colecção/exposição é composta por diversas peças cerâmicas, inscrições, moedas, objectos de adorno e vidros romanos que foram recolhidos em Ammaia desde os inícios do séc. XX e que correspondem a uma das mais importantes colecções de vidros romanos da Península Ibérica.

Porta Sul

Os trabalhos nesta área identificaram duas estruturas circulares, que revelaram ser o arranque de duas torres. Estas ladeavam uma das portas da cidade, estando por sua vez adossadas à muralha romana, as torres possuem um diâmetro externo de 6,30m e estavam ligadas por um arco - Arco da Aramenha, transportado para Castelo de Vide.

Alargando-se a escavação para o interior da cidade, descobriu-se uma praça pública, pavimentada com blocos de granito muito regulares, o lajeado do lado direito possui um comprimento de 21,30m, e uma largura de 10,75m, do lado esquerdo, apenas se conservaram algumas lajes, in situ.

«Torre»

»Um pequeno dado de jogar, em osso, foi encontrado numa das torres da porta sul, no mesmo local onde foram também encontradas muitas moedas - será que os guardas transformavam a torre numa sala de jogo informal para matar o tédio? «

«Vista da entrada na cidade pela Porta sul»

Os lajeados ladeiam uma das principais ruas da cidade (Kardo Maximus), que segue em direcção ao Fórum, possuindo cerca de 4m de largura, no entanto, os vestígios da calçada original desapareceram, restando apenas as peças que constituíam a soleira da porta.

«Peça de granito da estrutura da soleira»

Esta soleira é formada por cinco peças de granito, duas delas encontradas in situ. A construção deste conjunto monumental na segunda metade do séc. I d. C., implicou a demolição parcial de algumas habitações mais antigas que remontam aos inícios do império.

«conjunto monumental - Porta sul»

Termas do Forum

Em 1996 identificou-se um pequeno tanque revestido por placas de mármore, que faria parte do complexo balneário do Forum. Seria provavelmente o tepidarium (tanque de água tépida), ou o frigidarium (tanque de água fria).

«Área das Termas do Forum»

A envolver este tanque surgem algumas estruturas pertencentes ao complexo termal. Recentemente, foi posta a descoberto parte de uma natatio, piscina maior do edifício, que poderia ser coberta ou ao ar livre. A oeste encontra-se a EN359 que destruiu uma parte significativa deste edifício.

Fórum e Templo

«podium do templo da civitas»

Na Tapada da Aramenha, eleva-se uma estrutura rectangular (18m x 9m), com uma altura máxima de 2,50m, correspondendo ao podium de um templo.

«Templo e Forum Romano»

Apresentando um enchimento de terra argilosa e opus incertum que seria revestido com blocos de granito e dividido em duas partes (a cella e o pórtico do átrio) por um muro transversal ainda visível. As escavações na área envolvente do podium permitiram delimitar o edifício com maior monumentalidade da cidade, o Forum.

«estruturas romanas do Forum»

Era aqui, que se centravam os poderes administrativo, religioso e judicial da civitas, rodeado por cerca de 20 lojas e onde a popula�o da cidade e da região vinha prestar culto às divindades do panteão romano e indígena.

«Radio past - Radiografia da cidade romana de Ammaia»

Nos últimos anos, várias equipas de arqueologia provenientes de toda a Europa têm desenvolvido um conjunto de métodos para o estudo de importantes sítios arqueológicos soterrados. O objectivo destes métodos que não destroem paredes, pisos e objectos que ainda estejam soterrados, é limitar intervençoes destrutivas e onerosas como as escavações.

«Projecto 2D - reconstituição da Porta sul e Forum romano»

Este trabalho inclui diferentes tipos de teledetecção (fotografia aérea, laser scanning, etc.), métodos geofísicos terrestres (georadar, prospecção magnética), SIG baseado em ferramentas de análise e visualização e outros sofisticados métodos de prospecção.

Estas tecnologias aplicadas podem ajudar os arqueólogos a adquirir uma visão mais precisa do passado soterrado e ajudá-los em experiências de reconstrução do «antigo mundo subterrâneo» e na divulgação dos resultados da investigação ao público.

«Trabalhos de protecção de estruturas no Templo (2010)»

A coordenação científica do projecto é da responsabilidade da Universidade de Évora, que contratou dois professores, o belga Frank Vermeulen e a italiana Cristina Corsi, para trabalhar com os arqueólogos portugueses Joaquim Carvalho e Sofia Borges.

Resultado desse trabalho, sabe-se agora que a praça pública de Ammaia está cercada por 20 lojas, um templo e uma basílica (tribunal) e foi embelezada com monumentais pórticos, estátuas e fontes. A partir deste plano 2D, obtido com esta nova tecnologia, os especialistas irão agora reconstruir um modelo 3D do coração da cidade romana e a longo prazo, está em projecto uma completa reconstrução digital da cidade.

O projecto Radio Past (www2.radiopast.eu) vai disponibilizar uma visita virtual à Cidade de Ammaia, em quiosques multimédia, com filmes e modulações 3D, durante o ano de 2011 e 2012.

Ammaia, «a das ruínas», de regresso « vida.»

O trabalho de recuperação e valorização da Cidade Romana de Ammaia, recebeu o Prémio Vilalva 2009 para a recuperação do património, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian.

"A grande relevância histórica, patrimonial e técnico-científica do projecto de recuperação e valorização de um sitio arqueológico ímpar no panorama nacional" foi o motivo que levou o júri a atribuir este prémio.

Lendas de Ammaia�

...Da grande cidade, nos principios deste século, apenas restavam à superfície alguns muros que a memória popular diz serem os que a terra não conseguiu engolir. As ruas e casas da velha urbe lentamente deram lugar a terrenos de lavoura. De quando em quando um arado vai mais fundo e levanta alguma cantaria ou canalização trazendo até à superfície alguns restos da desaparecida Ammaia. E, gradualmente, na tradição popular começou a construir-se uma lenda. A velha cidade da Aramenha tinha sido engolida pela terra durante um grande terramoto. A cidade está intacta, mas muito funda, dizem alguns. As telhas que o arado ainda arranca fazem parte dos telhados dos palácios soterrados, afirmam outros. À lenda da cidade soterrada associa-se a dos tesouros que ainda aí se guardariam. A procura destes lendários tesouros tem contribuído, ainda mais, para que os poucos muros e alicerces ainda sobreviventes sejam esventrados, acabando por ruir.

(1)Museu Monográfico da Cidade da Ammaia

Estão expostas peças da vida quotidiana das populações, que vão desde vidros a cerámicas. Uma parte deste espólio está no Museu Nacional de Arqueologia que, em conjunto com o Museu Monográfico da Ammaia constituem uma das mais importantes colecções de vidros romanos procedentes de um só local da Península Ibérica.

(2)Museu Municipal de Marvão - Arqueologia

A presença romana está bem testemunhada no Museu Municipal pelas cerâmicas, metais, vidros e documentos epigráficos. As escavações efectuadas na necrópole romana da Herdade dos Pombais e a Cidade Romana de Ammaia, foram as principais fontes do esp�óio exposto.

Localização: Igreja de Santa Maria
Morada: Largo de Santa Maria, Marvão

Fontes:

Fundação Cidade de Ammaia
(info: http://128934ed.110mb.com/)
MUNICIPIUM DE AMMAIA, PATRIMÓNIO ROMANO NO NORDESTE ALENTEJANO de Maria de Lourdes C. Tavares
(info: http://cienciasdonossotempo.no.sapo.pt/cidade_de_ammaia.htm )
Projecto Radiopast em Ammaia
(Info: http://www2.radiopast.eu/?page_id=390)
A Cidade Romana de Ammaia - Escavaçõees Arqueológicas 2000-2006 (2009)
Edições Colibri, Autoria: Sérgio Pereira
Câmara Municipal de Marvão - Cidade de Ammaia
Autor : Jorge de Oliveira
Cidade e foro na Lusitânia Romana. Mérida, 2009
"Ammaia e Civitas Igaeditanorum. Dois espaços forenses lusitanos."
Autor: VASCO GIL MANTAS
(info: https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/bitstream/10316/13498/1/Vasco%20Gil%20Mantas%20-%20Ammaia%20e%20civitas%20Igaeditanorum.pdf)."
01
Fev11

UM LIVRO SOBRE MARVÃO E UM PORTAL PARA ELE

DELFOS
2011-01-25

"Promover o território de Marvão como destino turístico", dar a conhecer as várias atividades que são desenvolvidas naquele concelho, são os principais objetivos do livro e do portal sobre Marvão que vão ser lançados até ao mês de abril.

Segundo avançou o vereador do município de Marvão, José Manuel Pires, o novo portal e o livro, vão funcionar como uma “janela de oportunidades” para projetar o que o concelho tem de melhor.

Esta segunda feira assinalou-se a Restauração do Concelho de Marvão, que ocorreu em 1898.

Para assinalar a data o município procedeu á apresentação do livro Marvão: Território, Produtos e Actividades e do Portal www. marvao.pt."

Susana Mourato

Fonte:
Rádio Portalegre

http://www2.portalegredigital.pt/client/skins/portuguese/artigo.asp?page=1928

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