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A TERRA do ALTO ALENTEJO

A TERRA do ALTO ALENTEJO

15
Fev11

ATALAIA SE DIZ NO CONCELO DE GAVIÃO

DELFOS

" Dos Vestígios de Língua Arábica em Portugal - por Fr. João de Sousa - 1830 - Pág. 79:

ATALAIÃO significa luagar alto. Torre onde os vigias descobrem o campo. Lugar eminente. Deriva-se do verbo Talea - subir e na VIII conjugação he vigiar, olhar ao longe, descobrir com a vista. Também se lhe chama Atalaias - os homens que vigiam os campos, fortalezas, praças e presídios.

Chegou à Mesquita pelas duas horas da noite, e logo pôs as suas Atalaias ao redor do campo - Damião de Góis - Chronica de El-Rei D. Manuel I, IV Cap. 64.

Da Etnografia Portuguesa - de J. Leite de Vasconcelos - Vol. II - 1936 - pág. 608.

"Aparece principalmente na Beira e no sul como regiões mais povoadas de Árabes, contra os quais se necessitava de estar alerta. O ter vindo do árabe, a palavra atalaia confirma isto mesmo, porque os árabes deviam do mesmo modo espiar os cristãos, e empregar com frequência a palavra ao alcance do ouvido destes".

Dos Topónimos e Gentilicos - de Xavier Fernandes - Vol. II - 1944 - Pág. 272.

"Espalhadíssimo está este topónimo, pois se encontra a designar grande número de terras portuguesas, não só no continente, como das Ilhas Adjacentes. É expressão árabe, resultante de at-talaia, que significa torre de vigia, sentinela.

Do Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa - pelo Dr. José Pedro Machado - 1.ª edicão - 1956 - pág. 275.

"ATALAIA - s. do ár. at-talãi a, pl. de talaia, lugar alto onde se exerce vigilância; sentinela"." (1)

«Mas a Cunheira lhe andando fugindo assim ao blog, estas terras rebeldes e freguesia de Alter do Chão, o blog olhando assim ela e baixando e levantando a caneta, ao de leve se a deixar cair na folha de papel, e se lhe puser a mão a ela, ficará apenas no papel deste tempo moderno uma impotência no falo e dirá que é muito macho e arrogante o registo marialva e um tiro assim muito ao lado ou lá no pé...

Que não é possível lá meu caro Alexandre de Carvalho Costa que dizendo V.ª EX.ª a sua obra inacabada e o "Terras..." não lá letrado regista a ela dois erros de levar a mão à cabeça e lhe diz como a coisa se branqueia ou a arte tão adulterada, mas aqui está bem com a pequenina e a mais nortenha terra de Atalaia e ainda vai continuando uma freguesia que ainda vai sendo do concelho de Gavião».

in "Alexandre de Carvalho Costa, Gavião suas freguesias rurais e alguns lugares".

15
Fev11

JUNTA DE FREGUESIA DE GÁFETE

DELFOS
A Freguesia de Gáfete é das mais ridentes. Assim meus amigos, um pequeno texto começa e assinado por - R.. P.
O blog não sabe a sua origem e data. Acredita que a situação reportada ela foi no tempo da outra velha senhora e num Estado Novo muita feroz.

A freguesia de Gáfete é uma das nais ridentes do concelho do Crato.
Encravada no concelho de Nisa e ladeada por duas importantes freguesias desse concelho, tem a respectiva Junta feito todos os esforços, para que, em mátéria de melhoramentos, não a deixe ficar mal colocada no seu concelho, num possível confronto com as freguesias vizinhas.
E, assim, meteu ombros à organização do serviço do cemitério, o qual há muitos anos se encontrava desorganizado, bem como às obras de melhoramentos e conservação dos respectivos muros.

A Junta já tem uma sede própria, tem em projecto a reparação de alguns caminhos, considerados intransitáveis, para o que conta com o auxílio da Câmara, aspirando o povo desta freguesia, que seja concluída a estrada que liga à sede do concelho.
Muitos outros melhoramentos têm sido feitos. Mas a respectiva Junta, sobre a presidência do Sr. Armando Matos Cordeiro Metela, entendeu que não mereciam ser dados à publicidade, dando assim provas de uma invulgar modéstia, que salientamos - que salienta - R. P.

E foi assim meus amigos, algures, no século passado, estas terras de Gáfete, entre a graciosa Vila de Tolosa e a mais nobre e doce Vila de Alpalhão, um dia, um dia aconteceu...
13
Fev11

A FORAL DA VILA DE AREZ

DELFOS

O Foral da vila de Ares foi atribuído por D. Manuel I, e dado pelo Mestre da Ordem de Cristo à vila de Nisa, cujo termo foi a dita vila de Ares, em 20 de Outubro de 1517, na cidade de Lisboa.

No que diz respeito à organização do território do país, mais concretamente no Oriente da Beira, as notícias da Reconquista são escassas, enquanto se organizava a faixa de entre Mondego e Tejo, estes lugares permaneceram esquecidos ou abandonados, e só nos últimos decénios do séc. XII nos apareceram os primeiros forais e as doações efectivas à Ordem dos Templários.

Na organização dos territórios conquistados durante a época portuguesa tiveram papel fundamental as ordens militares, assegurando a defesa, com a milícia disciplinada e aguerrida e uma cintura de castelos, e promovendo o povoamento e agricultura de lugares ermos ou assolados pela guerra.

O referido documento consta nos Forais Manuelinos entre Tejo e Odiana.

É composto por 11 folhas e 2 regras, e foi assinado por Fernam de Pina e a sua estrutura compõem-se da divisão entre 3 capítulos: Montado, Sesmarias e Tabelião.

Após a devida análise do respectivo documento, as informações gerais obtidas foram as seguintes:

No que se refere ao

Capítulo do Montado, o referido Foral dá-nos a informação de que o Montado da vila é todo da Ordem de Cristo e dos seus comendadores, isentamente para o poderem arrecadar ou aproveitar para si como quiserem, o pasto das ervas, como a lande, a bolota e a rama, pelos preços que acordarem com limitação e declaração que os vizinhos e moradores em Ares e seu termo não pagarão à Ordem nem ao Mestre, nem ao comendador, nenhum foro, nem tributo pelas coisas do dito montado.

Antes poderão sempre pastar e montar com todo o seu gado e bestas, em todas as landes, bolotas, ervas e rama do montado do termo. E com todas as pessoas de fora que vierem arrendar o dito montado e montanheira sem por isso pagarem nenhuma coima, nem pena, nem tributo, como o estavam obrigados a fazer.

O Capítulo das Sesmarias, indica-nos que as Sesmarias e os Maninhos, serão dados pelo oficial da Ordem de Cristo e que serão mantidas todas as leis e ordenações das respectivas Sesmarias, as quais serão dadas sem nenhum tributo nem foro. E por conseguinte serão e ficarão património dos herdeiros e sucessores daqueles que primeiramente lhes foram dadas.

Defendem que todos os oficiais e pessoas a que pertencer, que não tomem nem tirem nunca a sucessão das ditas sesmarias às pessoas que por direito lhes pertencer posto que algumas vezes costumassem fazer o contrário, mas defendem e mandam que nunca mais se faça.

Por fim, no Capítulo referente ao Tabelião, do qual os moradores de Ares se queixam de que são mal servidos porque são da Amieira, e então mandam que sobre isso seja requerido o mestre e seus oficiais, e enquanto não forem providos, podem tomar estormentos perante o monarca, que terão provisão segundo o que for justo.

E o capítulo do Gado do Vento106 e o da pena darma e assim há portagem com todos os capítulos, adições e condições até o fim do capítulo da pena do foral em tudo o que é a vila de Ares tal como Nisa, sem acrescentar ou diminuir.

No que se refere ao

Capítulo do Montado, o referido Foral dá-nos a informação de que o Montado da vila é todo da Ordem de Cristo e dos seus comendadores, isentamente para o poderem arrecadar ou aproveitar para si como quiserem, o pasto das ervas, como a lande, a bolota e a rama, pelos preços que acordarem com limitação e declaração que os vizinhos e moradores em Ares e seu termo não pagarão à Ordem nem ao Mestre, nem ao comendador, nenhum foro, nem tributo pelas coisas do dito montado.

Antes poderão sempre pastar e montar com todo o seu gado e bestas, em todas as landes, bolotas, ervas e rama do montado do termo. E com todas as pessoas de fora que vierem arrendar o dito montado e montanheira sem por isso pagarem nenhuma coima, nem pena, nem tributo, como o estavam obrigados a fazer.

O Capítulo das Sesmarias, indica-nos que as Sesmarias e os Maninhos, serão dados pelo oficial da Ordem de Cristo e que serão mantidas todas as leis e ordenações das respectivas Sesmarias, as quais serão dadas sem nenhum tributo nem foro. E por conseguinte serão e ficarão património dos herdeiros e sucessores daqueles que primeiramente lhes foram dadas.

Defendem que todos os oficiais e pessoas a que pertencer, que não tomem nem tirem nunca a sucessão das ditas sesmarias às pessoas que por direito lhes pertencer posto que algumas vezes costumassem fazer o contrário, mas defendem e mandam que nunca mais se faça.

Por fim, no Capítulo referente ao Tabelião, do qual os moradores de Ares se queixam de que são mal servidos porque são da Amieira, e então mandam que sobre isso seja requerido o mestre e seus oficiais, e enquanto não forem providos, podem tomar estormentos perante o monarca, que terão provisão segundo o que for justo.

E o capítulo do Gado do Vento e o da pena darma e assim há portagem com todos os capítulos, adições e condições até o fim do capítulo da pena do foral em tudo o que é a vila de Ares tal como Nisa, sem acrescentar ou diminuir.

Segundo os Quadros comparativos

(Anexos II e III) dos Forais de Nisa, Montalvão e Alpalhão, todos Comendas da Ordem de Cristo a sul do Tejo, pode notar-se a diferença sobretudo na estrutura do documento, mas também que o Foral de Ares é de facto o mais tardio, uma vez que os restantes foram atribuídos no ano de 1512 e apenas o de Ares foi atribuído em 1517.

Da estrutura dos 4 Forais enuncia desde logo a diferença do de Ares, não pelo facto de apenas estar dividido em 3 capítulos, como é o único que refere as Sesmarias, enquanto os restantes têm todos em comum a referência de capítulos dedicados às Terras da Ordem e aos Maninhos e são constituídos por 4 ou mais capítulos.

Entende-se, talvez, pelo capítulo das Sesmarias e pelo que nos dá a entender ao longo do estudo que, Ares tem uma grande tradição de Sesmos, pelo que provavelmente também ali se esteja a aplicar uma medida proteccionista, dentro de Ares são propriedade alodial e talvez por isso mais protegida.

Ares era um termo de Sesmarias.

Foi desde o início uma terra que primou a sua importância pelos seus Sesmos, não só para Niza, de quem seria um proto-Concelho, como de vários Senhorios de fora.

"Arez da Idade Média à Idade Moderna: um estudo monográfico Leitão, Ana Cristina Encarnação Santos Tese de mestrado em História Regional e Local apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008 http://catalogo.ul.pt/F/?func=item-global&doc_library=ULB01&type=03&doc_number=000546695

http://hdl.handle.net/10451/1738"

06
Fev11

AREZ DE ARMAS

DELFOS

Apenas se lhe deseja muito boa sorte. É uma pequenina aqui na zona a dizer também um adeus a uma freguesia. O blog "ALENTEJO no NORTE" espera estar muito enganado. Olhando para ela foi das mais pequenas que o blog conheceu, para não dizer que foi a mais pequena nas suas viagens neste Alentejo por terras de Portalegre, Évora e Beja. Mas olhando a sua história esta freguesia de Arez é de Armas e uma grande guerreira...
17
Jan11

JUNTA DE FREGUESIA DE GÁFETE

DELFOS
A Freguesia de Gáfete é das mais ridentes. Assim meus amigos, um pequeno texto começa e assinado por - R.. P. 
O blog não sabe a sua origem e data. Acredita que a situação reportada ela foi no tempo da outra velha senhora e num Estado Novo muita feroz.

A freguesia de Gáfete é uma das nais ridentes do concelho do Crato.
Encravada no concelho de Nisa e ladeada por duas importantes freguesias desse concelho, tem a respectiva Junta feito todos os esforços, para que, em mátéria de melhoramentos, não a deixe ficar mal colocada no seu concelho, num possível confronto com as freguesias vizinhas.
E, assim, meteu ombros à organização do serviço do cemitério, o qual há muitos anos se encontrava desorganizado, bem como  às obras de melhoramentos e conservação dos respectivos  muros.

A Junta já tem uma sede própria, tem em projecto a reparação de alguns caminhos, considerados intransitáveis, para o que conta com o auxílio da Câmara, aspirando o povo desta freguesia, que seja concluída a estrada que liga à sede do concelho.
Muitos outros melhoramentos têm sido feitos. Mas a respectiva Junta, sobre a presidência do Sr. Armando Matos Cordeiro Metela, entendeu que não mereciam ser dados à publicidade, dando assim provas de uma invulgar modéstia, que salientamos - que salienta - R. P.

E foi assim meus amigos, algures, no século passado, estas terras de Gáfete, entre a graciosa Vila de Tolosa e a mais nobre e doce Vila de Alpalhão, um dia, um dia aconteceu...

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