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A TERRA do ALTO ALENTEJO

A TERRA do ALTO ALENTEJO

10
Abr11

O SECTOR ECONÓMICO NA TERRA DE TOLOSA

DELFOS
O nível social e económico de Tolosa é dos mais elevados do Alentejo.
 
Encontram-se aqui um grande número de pequenas indústrias, uma intensa exploração pecuária e o cultivo intensivo das propriedades, característico das regiões onde predomina o minifúndio.
 
A indústria dos lacticínios é sem dúvida aquela que maiores proporções atinge, quer devido ao elevado capital que movimenta, quer sobretudo devido à grande quantidade de pessoas que emprega. Está exclusivamente dimensionada para a produção de queijo, através de processos semi-industriais, em mais de quinze “queijarias” particulares.
Todos os dias entram em Tolosa cerca de 20.000 litros de leite de ovelha e cabra.
A sua proveniência é bastante variada. Cerca de 20% vem do concelho de Idanha-a-Nova, na Beira Baixa. O restante é comprado aos diversos lavradores e Unidades Colectivas de Produção espalhadas pelo distrito de Portalegre. Ainda de madrugada, sai grande quantidade de camionetas ligeiras para a recolha do leite.
 
Se pensarmos no elevado número de raparigas empregadas nas queijarias, nos motoristas que aqui encontram trabalho, no grande tráfego rodoviário e o consequente desenvolvimento da indústria automóvel, nas grandes criações e engordas de porcos com o soro de leite fermentado, concluiremos que se trata de uma riqueza considerável. Esta indústria artesanal origina aqui um movimento aproximado dos mil contos – O blog aqui diz que a verba mencionada não corresponde à importância actualmente. O blog diz que o movimento dos mil contos era no final dos anos setenta ou os primeiros dois ou três de oitenta.
 
Outra actividade florescente nesta terra é a indústria de moagem e panificação. A farinha de trigo aqui produzida, nas três moagens existentes – vejam caros leitores três moagens existentes – serve a maior parte das padarias em actividade nos concelhos limítrofes. Muitas destas padarias são até administradas directamente pelos proprietários das moagens.
Vale a pena referir que os actuais proprietários das moagens começaram a sua ctividade nos moinhos ou azenhas, movidos pela força hidráulica, instalados na Ribeira do Sôr –  
 
O blog pergunta ou diz que ninguém conhece este Sôr tão belo e violento ou a planície verdejante ou uma terra de secura e ninguém já se lembra deles e o que foram estes moinhos aqui tão perto desta Comenda e que político nem sequer quer saber para avivar a memória da sua plebe ou lá um estrangeiro ou uma estrangeira que um dia pise estas terras e queira o lá saber.
 
Com o evoluir dos tempos, este tipo de trabalho artesanal perdeu toda a rentabilidade económica. Porém, não cruzaram os braços… Antes pelo contrário, acompanharam o progresso e puseram a tecnologia moderna ao seu serviço, com evidentes reflexos no desenvolvimento desta terra.
 
Há ainda um grande número de negociantes que se dedicam à compra de azeitona destinada à conserva. Uma boa parte é produzida nas pequenas propriedades que circundam Tolosa. A restante é proveniente dos lavradores e pequenos proprietários das redondezas. Todos os anos daqui saem muitas centenas de toneladas de azeitona, que vão abastecer os mercados dos grandes centros urbanos.
 
Merecem referência algumas carpintarias mecânicas, às quais está ligado o acabamento e comercialização de mobílias.
 
Existem também oficinas de ferreiro bastante modernizadas.
 
Outra actividade característica desta terra é a indústria de latoaria. Conservou-se ao longo de muitos anos como um trabalho quase exclusivamente manual, onde o mestre e os aprendizes labutavam de manhã à noite. Mas a evolução tecnológica também se reflectiu neste sector. Assim, as latoarias foram modernizadas, o homem recorreu ao auxílio da máquina e, como consequência, a indústria ocupou o lugar do artesanato. Os diversos artigos, produzidos na folha de flandres, folha de alumínio, chapa de ferro e chapa galvanizada, abastecem os mercados de muitas povoações, espalhadas por todo o país.
 
Há vários anos atrás, existiam em Tolosa várias oficinas de sapateiro, onde os operários, quase sempre o dono da oficina e os familiares, se dedicavam à confecção do calçado, utilizando processos artesanais.
Com o evoluir da indústria do calçado, estas oficinas deixaram de ter rentabilidade económica. Alguns sapateiros, conhecedores experimentados do volume de vendas nos mercados e feiras, compraram furgonetes e dedicaram-se à comercialização do calçado industrial. É outro sector que deu um pequeno contributo para o desenvolvimento económico da localidade.
 
 
A partir de 1965, desenvolveu-se aqui uma indústria de máquinas de aluguer, bem característica da tecnologia moderna. Trata-se de enormes tractores de lagartas, mais conhecidos por máquinas deterraplanagem, com variadas aplicações.
Inicialmente, surgiram para lavrar terrenos incultos e muito duros, à profundidade de quase um metro, destinados às plantações de eucaliptos. Como este trabalho foi rareando, hoje essas máquinas são empregadas na construção de albufeiras ou barragens, na lavoura de terrenos destinados à plantação de vinhas e muitos outros trabalhos que exigem elevada potência.
 
Outro sector de actividade largamente desenvolvido nesta vila é a construção civil. A edificação de várias casas para habitação própria, a reconstrução e a melhoria de muitas já existentes, a ampliação de instalações pecuárias e industriais, originaram um grande desenvolvimento na arte de pedreiro. Aqui existem muitos e bons praticantes, que auferem vencimentos bastante compensadores.
 
Como consequência deste surto de desenvolvimento, surgiram vários proprietários de camiões pesados que, a par de outros trabalhos, se dedicam ao transporte e comercialização dos materiais destinados à construção civil. Alargam mesmo o seu comércio a muitas povoações vizinhas.
 
O sector pecuário também está muito desenvolvido, devido à existência de grande número de proprietários.
Existem muitos de raças muar e asinina, destinados a trabalhos agrícolas. Quase todas as famílias têm uma reduzida quantidade de cabras e ovelhas que, além de lhes proporcionarem o dinheiro das crias, ainda permitem o fabrico de queijos para consumo da casa. Todavia, é a criação de vacas para produção de leite, que ocupa hoje o lugar cimeiro na actividade pecuária. Além do considerável rendimento que resulta da venda de crias, a comercialização do leite, que todos os dias é transportado para Portalegre, tem um significado considerável na economia dos pequenos produtores.
 
PEQUENA MONOGRAFIA DE TOLOSA /  ALZIRA MARIA FILIPE LEITÂO

Digos que parece mesmo uma cidade estas Terras de Tolosa. Parece que tem assim um cheiro a cosmopolita. Lhe chamam a terra dos cucos. Que malvadez ou a mais pura inveja o blog lhes regista. Ela é rica. Ela bafeja um sucesso económico muita grande na zona Alentejo que mora no alto. Não sabe se não será das mais ricas nele. Não se sabe se não será só ultrapassada pelas Terras de Galveias no concelho de Ponte de Sôr.
09
Abr11

CARTA ARQUEOLÓGICA DE AREZ

DELFOS

 

"Arez da Idade Média à Idade Moderna: um estudo monográfico Leitão, Ana Cristina Encarnação Santos Tese de mestrado em História Regional e Local apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008 http://catalogo.ul.pt/F/?func=item global&doc_library=ULB01&type=03&doc_number=000546695

http://hdl.handle.net/10451/1738"

 

A referida autora, os apontamentos que venho transcrevendo e seus, com a autorização da referida Universidade onde fez a sua tese, ela no seu levantamento cita o seguinte:

Horta das Póvoas.
Sepultura antropomórfica.
O seu estado de conservação é Bom.
É talhada num afloramento granítico.
Tem moldura em relevo,
D. 1,72m comp., 0,56lg. 0,40pfd.

Tapada da Choça VII.
Sepultura antropomórfica.
Alta Idade Média.
Esta sepultura não está identificada.
É numa área afectada pela plantação de eucaliptos.

Tapada da Choça VIII.
Sepultura antropomórfica.
Alta Idade Média.
Não é também identificada.
É numa área afectada pela plantação de eucaliptos.

Tapada da Choça IX.
Sepultura antropomórfica.
Alta Idade Média.

Bom estado de conservação da mesma.
É talhada num afloramento granítico. Tem moldura em relevo.
Foi abandonada antesda sua conclusão.
D. 1,40m comp., 0,50mlg e 0,10m prf.

Tapada da Choça I.
Sepultura antropomórfica.
Bom estado de saúde da mesma.
Não deixa de ser para mim um orgulho.
É escavada num afloramento granítico.
A mesma enconta-se parcialmente coberta de blocos de granito.
D. 1,80m comp., 0,57m lg min.

Tapada da Choça II.
Sepultura Antropomórfica.
Alta Idade Média.

Bom é o estado dela.
É talhada num afloramento de granito.
Tem moldura de relevo.
Tem de marcação do encaixe dos ombros.
D. 1,80m comp., 0,40 m lg, 0,60m prf.


Tapada da Choça III.
Seputura antropomórfica.
Alta Idade Média.
Bom é o seu estado de conservação.
Talhada num afloramento de granito
Tem moldura de relevo e D. 1,65m., comp., 0,50lg. 0,40pfd.


Tapada da Choça IV.
Sepultura antropomórfica.
Alta Idade Média.
Muito Bom é o seu estado.
Talhada num afloramento de granito.
Apresenta a mesma moldura de relevo.
D. 1,80m comp., 0,65m de largura máx. e 0,50 lg. Min. e 0,40m prf.

Tapada da Choça V.
Sepultura antropomórfica.
Alta Idade Média.
Bom.
É a mesma talhada num afloramento granítico.
Tem moldura de relevo.
D. 1,80m comp. 0,45lg. e 0,60 prf..
Está parcialmente coberta por um bloco de granito de grande dimensões.
Encontra-se a cerca de 10m da Sepultura IV.

Tapada da Choça VI.
Sepultura antropomórfica.
Alta Idade Média.
Bom.
Boa.
Está ainda muito boa para as curvas no tempo.
È talhada num afloramento de granito.
Apresenta a mesma,  moldura de relevo.
Nota-se uma diferenciação na zona da cabeceira  um provável encaixe para a cabeça que será mais simbólicio do que funcional.
D. 1,75m comp. , 0,45 lg. Min., 0,60m de prf e 0,40m de prf.

Na Ribeira do Figueiró existe um Pontão.
É do período medieval.
O seu estado de conservação é Bom.
Constituído por blocos de granito.
Tem dois arcos de volta perfeita.
Tem talha-mares a montante.
Não possui apoios laterais nem negativos dos mesmos.
No lado Este, acesso ao Monte Claro.
O tabuleiro prolonga-se sobre os afloramentos graníticos onde sobe este existem reentâncias que permitem passagem de água.

Herdade de Santo António.
Na Herdade de Santo António encontra-se uma Ermida.
É do período medieval/moderno.
O seu estado de conservação é Bom.
Séc. XIV.
Um só corpo.
Tem contrafortes laterais.
As janelas são em fresta.
A porta é com arco em ogiva.
Tem impostas quadradas que encimam ombreiras.

Talefe.
Mas o que será o Talefe?
Fogo!
Assim não vale.
Aqui se está vendo mesmo uma nora.
Talefe. Bem... Talefe é uma gravura rupestre (cruz).
Ei lá que aqui tem estado de mistério e os anos se sugerem longos, uma eternidade nestas terras ou o bravio animalesco delas.

Na Tapada da Choça existe uma Pia.
O seu período é interminável.
O seu estado de conservação é bom.
É uma depressão num afloramento granítico com uma forma ovóide e uma abertura a Este.
D. 1,35m comp., 0,50m lg, 0,40 prf.

Na Ribeira do Figueiró há Passadouros.
São do tempo Modernos.
O seu estado de conservação Bom.
Situado na passagem para o Monte Claro.
É um alinhamento de blocos paralelipipédicos de granito que permite o atravessamento a pé da ribeira.
O leito da ribeira encontra-se calcetado nesta área.

Largo da Igreja.
Igreja.
É do tempo Moderno.
O seu estado de consevação é Bom.
Séc. XVI.
Remodelada.

Sob impostas quadradas.


Largo António A. Bastos.
É o Cruzeiro. Está o Cruzeiro.
O seu período é moderno.
O estado de conservação do mesmo é Bom.
Cruzeiro em granito de cruz simples sobre uma peanha de 3 degraus.


Rua Alexandre Herculano 15.
(Cruciforme). Cruz num lintel.
É do tempo Moderno.
Bom.

O seu estado de Conservação é Bom.
Cruciforme gravado numa cantaria de granito de uma janela.
A base da cruz é triangular.
É representando pequenos degraus.
Eles parecem representar o Calvário.
Trata-se de um reaproveitamento daquele bloco de cantaria uma vez que o crucuforme se encontra invertido.
D. 0,18mlg. e 0,30m alt.


Rua São João de Deus.
Capela.
Uma capela.
A dita é do tempo Moderno.

Bom.
O seu estado de conservação é Bom.
Séc. XVI.
Frontaria tem no fecho uma sineira simples.
Porta renascentista.
De granito.

De granito, com arco redondo apoiado sobre duas meias colunas com bases e capitéis quadrados.
Na verga uma cabeça esculpida e, aos lados uma face radiante e uma caveira e dois ossos.


Tapada da Choça.
Abrigo.
Estado de conservação Bom.
Conjunto de afloramentos graníticos.
São de grandes dimensões.
Formam uma pala que protege um corredor com o sentido sul-norte em que a entrada é a Norte.
D. 12m comp. aprox. e 3m lg máx.
Registam-se várias zonas de fogueira não estruturadas.
Identificaram-se fragmentos de cerâmica de roda e um percurtor.
Um dos fragmentos cerâmicos parece terpertencido a um recipiente de armazenamento de grandes dimensões.

A autora, a senhora que ainda nos vai dando estes puros momentos de lazer e nos brindou um pouco com o conhecimento do nosso passado, na zona - aqui muito especialmente a todas estas terras e terrolas que circulam esta aldeia e freguesia de Arez, ela parece que tem muita força e é muito sumarenta e tem um gosto a muito gostosa estas terras de Arez e meus caros nunca o sabeis como o sinto no deserto deste Alentejoe a liberdade me vai na alma... O pouco ainda se vai protegendo e valorizando.

 

Não se lhe pode dizer que o concelho de Gavião lhe siga os mesmos passos.

 

Este espaço concelhio e geográfico está muita longe do concelho de Nisa.

Do Crato.

De Monforte.

De Alter do Chão.

Castelo de Vide.

Marvão.

Que de fronteira não conheço e não sei como se encontra o assunto.

 

Quero aproveitar.
Aproveito pois então.

Aos meus amigos e caros, José Joaquim, MMendes, e o colega de outos tempos em outras cerebrais, o pouco em mim ainda está e vai ficando, o meu caro e amigo Jaime Crespo, a referida autora diz na sua obra que a gentil, a educada, a criativa, ou seja lá um condado esta vila de Nisa, a autora diz que quando estava fazendo a sua Tese, a Câmara Municipal de Nisa estava fazendo a sua Carta Arqueológica.

Aos meus amigos e caros, tão só e simplesmente este meu peito aberto em uma pequena literária, a notícia em mim honra-me este Alentejo, este bocado do Alentejo no Norte é muito gratificante que a história, a nossa, ela se valoriza, se dá o valor que ela tem, como se não fosse ela, um cartão de visita que se oferece a quem nos visita, ou o turismo não seja o quinto ou o segundo negócio do mundo.
Acredito que o caro Ceia da Silva e a sua "Turismo do Alentejo, ERT", o esforço por si e a organização que comanda com os colaboradores, penso que toda a equipa só pode estar contente. Assim o penso e vos digo.

Não sei.

Não sei se a referida Carta já está concluída.
Ou se houve uma partida já para o terreno, com este passado da malta.

A coisa, em esta minha memória se não me falha, no meu entendimento, a afirmação vai a fazer três anos quando a autora o disse, e que assim o penso e o registo no tempo desta planície que tão lento ela está e vai ficando.

Lameto.

Como a coisa dói tanto. 

Dói muito.

Sinceramente...

No concelho onde me encontro, nestas coisas de passar pela camarária do Gavião, nela, em ela me foi dito que este ano corrente logo em Janeiro, a Câmara Municipal de Gavião ía fazer a sua Carta Arqueológica do concelho.

Passado algum tempo, ao dar uma olhada pelas actas da mesma, o meu espanto é que a deliberação tomada não estava registada em acta.

 

08
Abr11

A ORDEM MILITAR DO HOSPITAL EM AREZ

DELFOS
 
A Ordem do Hospital, desde o momento que chega ao Condado Portucalense, cumpre a sua função assistencial, como prova a doação feita em seu benefício, em 1145, pelo arcebispo de Braga, do hospital edificado por Pedro Ourives e respectivos bens situados em Braga.

 
A reforçar esta situação, cinco anos mais tarde, Pedro Ourives doou ao prior a Igreja de S. João, o cemitério e certas casas existentes nos subúrbios da referida cidade. Aliás, parece-nos correcto reconhecer na doação de 1145 o papel concreto que a Ordem desempenhava ao nível sóciocaritativo de apoio aos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela, e de que Leça do Balio era uma base de apoio, como indica o próprio traçado viário da altura.

 
Assim parece plausível que a prossecução deste programa assistencial tenha sido um parâmetro importante no processo de implantação da Ordem em Portugal, nomeadamente na sua primeira instalação em Leça.

Por outro lado, a inserção destes freires num projecto concertado de actuação militar aguardou pelo final do séc. XIII.Este processo tem lugar, pelo menos, em 1194, ano em que D. Sancho I doa aos freires a terra de Guinditesta, impondo-lhes a obrigação de construírem o castelo de Belver, no contexto dos desastrosos anos de 1190-91 para as tropas cristãs no domínio da Reconquista.

 
Com esta atitude, o monarca revela que acredita no potencial militar desses indivíduos e na sua correspondente capacidade de povoamento do território.
Não tardará o reforço deste núcleo de implantação hospitalária, já que em 1232, a Ordem recebe o Crato, com a obrigação de os freires povoarem e amuralharem este local, o que lhes irá permitir, anos mais tarde, ali instalar a sua casa conventual e reforçar a sua presença nesta zona. Em termos objectivos, a manifestação do exercício das duas funções primordiais dos freires de S. João de  Jerusalém, recordamos, assistência e prática das armas, materializa-se nas doações de Leça e de Belver.

 
A primeira, como matriz da prestação de cuidados assistenciais, no âmbito da peregrinação a Santiago de Compostela, e a segunda, como padrão de um comportamento militar, no contexto da cruzada e da reconquista.
Será, pois, no final do séc. XII que o ramo português da Ordem do Hospital assume a sua militar, o que se coaduna com a obrigação de os elementos que pretendem ingressar responderem, pelo menos a partir de agora, a critérios ligados à actividade bélica.

 
Para além das armas, a Ordem apresentava-se por várias outras razões, como uma opção estratégica para alguns sectores da nobreza portuguesa.
De um modo geral, as Ordens Militares são potencialmente atractivos para a aristocracia, como tem sido sublinhado.

 
Assim, no caso concreto dos Hospitalários, podem ser aduzidas razões como prestígio de ser uma instituição supranacional com origem na Terra Santa e no ambiente de cruzada, o aliciante que constituía a prática da virtude da caridade e da hospitalidade, o potencial que a Ordem tinha de sufragar as almas dos seus professos e mesmo o usufruto de um leque de privilégios papais e reais por parte dos que a ela aderissem.
A base patrimonial e jurisdicional da Ordem e a correspondente gestão destes bens e direitos por parte dos comendadores, com a organização das suas casas senhoriais e respectivas redes clientelares, são razões que se juntam ao leque de vantagens que a nobreza tem em se aliar a este projecto.
 
No plano religioso, as Ordens Militares podem oferecer soluções atractivas, quando interpretadas à luz do seu tempo.
Se as ordens apresentam vectores que são comuns a outras instituições de perfil distinto, como o sufrágio das almas dos benfeitores ou das dos seus parentes mais próximos, elas significam também a aproximação a Deus através de Jesus Cristo, concretizada pela conquista dos lugares santos, no ideal de cruzada, tão emblemático nos séculos XII e XIII.
 
 
Também o facto do primeiro superior hierárquico desta instituição nascida em Jerusalém ser um cavaleiro franco, que notabiliza no contexto da cruzada, e de a dignidade de grão-mestre ter sido titulada por D. Afonso de Portugal (1203-1206), filho de D. Afonso Henriques, poderá ter sido um estímulo à adesão à Ordem, por parte de alguns elementos da nobreza portuguesa, sustentando um padrão de exigência nobiliárquica, que se terá mantido e até aperfeiçoado em décadas posteriores.
 
 
A figura de D. Afonso terá congregado os interesses de alguns aristocratas portugueses, que procuram na Ordem uma aura de prestígio e de identificação com o poder real de início de Duzentos. Esta constatação poderá ser um elemento explicativo para o facto de a cavalaria religiosa se apresentar como um modelo de vida para alguns destes indivíduos, que viam o seu património familiar a tornar-se cada vez mais espartilhado, conseguindo, desta forma, encontrar no património das Ordens Militares um reforço das suas estratégias de poder.
 
 
Após analisarmos as áreas de implantação das diferentes famílias nobres e a lista de comendas da Ordem do Hospital e os seus respectivos titulares, verificamos que é possível estabelecer uma relação entre as zonas de implantação das diferentes casas senhoriais e a titulatura de algumas dignidades por parte de certos Hospitalários pode revestir de uma coincidência territorial, em outros está patente uma proximidade geográfica, que está na base das actuações em áreas limítrofes ás da família de onde provém esses indivíduos.
 
 
Assim, é possível afirmar que a Ordem viabiliza as estratégias de poderplurifacetado destas famílias, no sentido da consolidação ou ascensão, tanto a nível social como económico.
 
 
Sancho I, 1194, profundamente ligada ao evoluir da reconquista no início desta década, e reforçada no séc. XIII, pela concessão do lugar do Crato, constituem atitudes que estimulam a deslocação para as terras da Beira e do Alto Alentejo.
 
 
Este percurso poderá ser sintomático de um potencial militar ligado à concretização da cruzada, de uma necessidade destes cavaleiros se dedicarem à guerra como meio de acumular riqueza e até um eco da aproximação da Ordem à coroa, tanto mais que está maioritariamente ligada a linhagens não directamente associadas ao meio cortesão.
 
 
Pedro evidencia uma atitude inovadora na associação entre a cavalaria hispânica e os elementos das Ordens Militares, conferindo um grande destaque ao prior Hospitalário Álvaro Gonçalves Pereira, que pode ser entendido como um corolário de uma evolução da ligação da nobreza á Ordem do Hospital.
 
 
Em termos gerais, o modelo da cavalaria religiosa seria atractivo para a nobreza, uma vez que constituía uma hipótese institucional de prática dasarmas e era uma opção que viabilizava uma actuação ao nível da administração de grandes domínios, com a possibilidade de manutenção das suas casas senhoriais.

 
"Arez da Idade Média à Idade Moderna: um estudo monográfico Leitão, Ana Cristina Encarnação Santos Tese de mestrado em História Regional e Local apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008 http://catalogo.ul.pt/F/?func=item global&doc_library=ULB01&type=03&doc_number=000546695

http://hdl.handle.net/10451/1738"
Hoje meus caros lhe começamos por lhe dar a ORDEM DO HOSPITAL nas terras de Arez. Estas Terras de Arez um dia vila, nas terras desta cosmopolita condado vila Nisa. Mas ela lhe sugere que a terra é mesmo plana e curva ela o não tem. Um dia, apenas se imagina ela...

Mas o tema é muita vasto meus caros do pouco que existe e se é encontrado na zona. Tem assim algumas palavrinhas que se gostava de as descolar...
 
A ver vamos.
Vamos lá a ver se conseguimos voltar com outro post sobre o tema.
 
Se tal não se conseguir, é porque é mesmo muita difícil viver no concelho de Gavião.
A coisa não se faz e ainda se bloqueia o que existe...
 
19
Mar11

É NISA NO SEU MELHOR

DELFOS
Anúncio de procedimento n.º 1168/2011
 
MODELO DE ANÚNCIO DO CONCURSO PÚBLICO
 
1 - IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS DA ENTIDADE ADJUDICANTE
 
NIF e designação da entidade adjudicante: 506612287 - Município de Nisa
Serviço/Órgão/Pessoa de contacto: Municipio de Nisa
Endereço: Praça do Municipio
Código postal: 6050 999
Localidade: Nisa
Telefone: 00351 245410000
Fax: 00351 245412799
Endereço Electrónico: geral@cm-nisa.pt
 
2 - OBJECTO DO CONTRATO
 
Designação do contrato: AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJECTO PARA CONSTRUÇÃO DO CENTRO ESCOLAR DE NISA
 
Descrição sucinta do objecto do contrato: AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJECTO PARA CONSTRUÇÃO DO CENTRO ESCOLAR DE NISA
 
Tipo de Contrato: Aquisição de Serviços
 
Valor do preço base do procedimento 81300.00 EUR
 
Classificação CPV (Vocabulário Comum para os Contratos Públicos)
Objecto principal
Vocabulário principal: 71242000
 
3 - INDICAÇÕES ADICIONAIS
 
O concurso destina-se à celebração de um acordo quadro: Não

O concurso destina-se à instituição de um sistema de aquisição dinâmico: Não

É adoptada uma fase de negociação: Não
 
4 - ADMISSIBILIDADE DA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS VARIANTES: Não
 
6 - LOCAL DA EXECUÇÃO DO CONTRATO
 
Nisa
País: PORTUGAL
Distrito: Portalegre
Concelho: Nisa
Código NUTS: PT182
 
7 - PRAZO DE EXECUÇÃO DO CONTRATO
 
Restantes contratos
Prazo contratual de 15 dias a contar da celebração do contrato
 
9 - ACESSO ÀS PEÇAS DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS
 
9.1 - Consulta das peças do concurso
 
Designação do serviço da entidade adjudicante onde se encontram disponíveis as peças do concurso para consulta dos interessados:
Municipio Nisa - Secção de Aquisições de Património
Endereço desse serviço: Municipio de Nisa
Código postal: 6050 999
Localidade: Nisa
Telefone: 00351 245410000
Fax: 00351 245412799
Endereço Electrónico: patrimonio@cm-nisa.pt
 
9.2 - Meio electrónico de fornecimento das peças do concurso e de apresentação das propostas
Plataforma electrónica utilizada pela entidade adjudicante: http://www.vortalgov.pt/
 
10 - PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS OU DAS VERSÕES INICIAIS DAS PROPOSTAS SEMPRE QUE SE TRATE DE UM SISTEMA DE AQUISIÇÃO DINÂMICO
 
Até às 23 : 00 do 9 º dia a contar da data de envio do presente anúncio
 
11 - PRAZO DURANTE O QUAL OS CONCORRENTES SÃO OBRIGADOS A MANTER AS RESPECTIVAS PROPOSTAS
 
120 dias a contar do termo do prazo para a apresentação das propostas
 
12 - CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO
 
Proposta economicamente mais vantajosa
Factores e eventuais subfactores acompanhados dos respectivos coeficientes de ponderação: A ponderação dos factores de análise das propostas é dada pela fórmula:
Pt = 0.3*Pmet+0.2*Porg+0.3*Pp+0.2*Pprz
Em que:
Pp - Pontuação total da proposta
Pmet - Pontuação relativa à metodologia de trabalho apresentada pelo concorrente
Porg - Pontuação relativa à organização da equipa técnica apresentada pelo concorrente
Pp - Pontuação relativa ao preço total da proposta apresentada pelo concorrente
Pprz - Pontuação relativa ao prazo proposto pelo concorrente
As pontuações são arredondadas a duas casas decimais
 
13 - DISPENSA DE PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO: Não
 
14 - IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS DO ÓRGÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO
 
Designação: Municipio de Nisa
Endereço: Praça do Municipio
Código postal: 6050 999
Localidade: Nisa
Telefone: 00351 245410000
Fax: 00351 245412799
Endereço Electrónico: geral@cm-nisa.pt
 
15 - DATA DE ENVIO DO ANÚNCIO PARA PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO DA REPÚBLICA

 

2011/03/16

UNIÃO EUROPEIA: Não
 
17 - OUTRAS INFORMAÇÕES
Regime de contratação: DL nº 18/2008, de 29.01
 
18 - IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR DO ANÚNCIO
 
Nome: Maria Gabriela Pereira Menino Tsukamoto
Cargo: Presidente da Câmara Municipal de Nisa


in Diário da República, 2.ª série - N.º 53 - 16 de Março de 2011 - Anúncio de procedimento n.º 1168/2011 - Página n.º 2

O blog também fica sempre muita contente. Meus caros, o blog fica sempre muita contente quando este seu Alentejo pula e avança. Este Alto Alentejo ou lá distrito de Portalegre que também se lho diga. Quando ele se renova e lá se transforma em idéias e equipametos. Que muitas vezes a ele parece que se lhe nega e lhe faz uma recusa... Que se corta a seiva. Que se lhe diz que não!

20
Fev11

A CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE NISA EM 2001

DELFOS

O concelho de Nisa faz fronteira com os concelhos de Gavião, Abrantes, Crato, Castelo de Vide e Vila Velha de Ródão.

Detém uma área de 575,8 km2 e uma densidade populacional de 14,0 habitantes por km2.


Com uma população residente de 8585 indivíduos (2001), o concelho assistiu a um decréscimo populacional, entre 1991 e 2001, em cerca de 13,0%.


A sua população residente caracteriza-se por ser significativamente envelhecida, na medida em que o seu índice de envelhecimento é bastante superior ao de jovens.

Em relação ao índice de dependência total podemos verificar que existe uma proporção da população bastante elevada que se encontra dependente da população activa.

Esta situação regista-se em todas as freguesias do concelho.


Relativamente ao nível de instrução da população residente no concelho podemos verificar que esta se caracteriza pelas baixas qualificações, pois a maioria apenas possui o 1º ciclo do ensino básico.


No que respeita á economia o Concelho de Nisa apresenta uma taxa de actividade de 34,9%, e uma taxa de desemprego relativamente baixa (4,4%) tendo em conta os valores apresentados nos restantes concelhos do Norte Alentejano.

O sector de actividade que emprega mais pessoas no Concelho é o terciário. No entanto na freguesia de Tolosa o sector com mais expressividade é o sector secundário.

A produção de queijo é uma actividade com peso significativo na economia local.

Em todo o concelho especialmente na freguesia de Tolosa existem produtores de queijo de âmbito familiar a par de unidades fabris de maior dimensão dotadas de instalações e equipamentos modernos.

Ao nível da estrutura do tecido empresarial pode-se dizer que a maioria das empresas existentes no concelho pertencem ao sector do comércio (cerca de 321).

Logo de seguida estão as empresas ligadas á agricultura, produção animal, caça e silvicultura (cerca de 174) e ás industrias transformadoras (125).

As actividades mais relevantes para a economia do concelho estão ligadas essencialmente ao sector agro-pecuário (enchidos, queijarias) e também ao sector das indústrias extractivas (pedra).

 

Há ainda a destacar o sector turístico (relacionado com as termas). Outra das potencialidades do concelho prende-se com a proximidade do rio Tejo, que potencia todas as actividades ligadas ao turismo, nomeadamente actividades de animação turística e ligadas á conservação da natureza.


Situação Geográfica

 

Nisa é uma vila Portuguesa do Distrito de Portalegre, região Alentejo e sub-região do Alto Alentejo.

O concelho de Nisa faz fronteira com os municípios de Gavião, Abrantes, Crato, Castelo de Vide e Vila Velha de Ródão.

É constituído pelas seguintes freguesias: Alpalhão, Amieira do Tejo, Arez, Espírito Santo, Montalvão, Nossa Senhora da Graça, São Matias, Santana, São Simão e Tolosa.

 

 

 

 

O referido estudo, ele neste concelho, ele não nos dá a população de 1991. Mas o mesmo regista em 2001, uma população de 8585 indivíduos. O mesmo acrescenta - sem citar o número da população de 1991 - houve, neste concelho de Nisa uma variação de 13,0 a menos.

 

 

 

O Índice de Juventude em Alpalhão é de 15,3. Na Amieira do Tejo é de 5,5. Em Arez 13,5. Em Espírito Santo é de 17,7. O Índice da Juventude em Montalvão é de 6,0. Na N. Srª da Graça 17,1. Em S. Matias 10,3. Em Santana 10,1. Em S. Simão 2,6. Na Tolosa - na Graciosa Tolosa - o Índice da Juventude é de 16,3.

 

 

 

No tocante ao Índice de Envelhecimento, Alpalhão 313,4; Amieira do Tejo 781,8; Arez 700,0; Espírito Santo 224,2; Montalvão 1257,1; N. Srª da Graça 206,0; S. Matias 1750,0; Santana 900; S. Simão 11300,0; A de Tolosa 309,2.

 

 

 

Índice de Dependência dos jovens, Alpalhão 19,5; Amieira do Tejo 19,1; Arez 15,4; Espírito Santo 18,8; Montalvão 12,9; N. Sr.ª da Graça 20,6; S. Matias 5,4; Santana 13,9; S. Simão 2,4; Tolosa 19,9.

 

 

Índice de dependência de idosos, Alpalhão 61,3; Amieira do Tejo 149,6; Arez 108,0, Espírito Santo 42,1; Montalvão 162,2; N. Srª da Graça 42,5; S. Matias 94,2; Santana 125, 1; S. Simão 269,0; Tolosa 58,8.

 

 

 

Índice de dependência total, Alpalhão 80,8; Amieira do Tejo 168,7; Arez 123,5; Espírito Santo 60,8; Montalvão 175,1; N. Sr.ª da Graça 63,2; S. Matias 99,6; Santana 139,0; S. Simão 271,4; Tolosa 77,8.

 

 

 

Nos Censos 2001, a distribuição da população no concelho segundo os grupos etários, era dos 0-14 anos uma população de 837. Dos 15 aos 64 anos a população era 4659 pessoas. Mais de 65 anos a população contava com 3089 indivíduos.

 

 

 

A Taxa de Analfabetismo neste concelho era de 21,3%.

 

 

 

População Activa - 2994.

População empregada - 2746.

Taxa de Actividade - 34,9.

 

 

 

A taxa de desemprego no ano de 2001, era neste concelho de Nisa de 4,4%.

 

 

 

As principais actividades económicas neste concelho, agricultura, queijarias, extracção de pedra e turismo termal.

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