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A TERRA do ALTO ALENTEJO

A TERRA do ALTO ALENTEJO

07
Fev11

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA IlUMINAÇÃO PÚBLICA

DELFOS

A Estratégia Nacional de Energia 2020 engloba um conjunto alargado de programas e medidas consideradas fundamentais para alcançar os objectivos da eficiência na utilização final de energia e dos serviços energéticos. A eficiência energética na Iluminação Pública (IP) constitui um desses programas.

Em Portugal, a iluminação pública é responsável por 3% do consumo eléctrico total, sendo que os respectivos custos energéticos constituem, em alguns casos, mais de 50% nas despesas dos Municípios com energia, verificando-se nos últimos anos uma tendência de aumento análoga à melhoria dos níveis de iluminação da região (cerca de 4 a 5% por ano).

Existem no mercado diversas soluções e tecnologias que permitem melhorar a eficiência energética da IP, facilitando uma gestão mais eficiente. Estes sistemas podem também permitir economias directas nos consumos de energia e/ou levar a um aumento da vida útil das lâmpadas, permitindo uma redução dos custos de manutenção das instalações de IP.

O potencial de redução de consumos com IP pode chegar aos 700GWh/ano (redução de consumos de CO2 de 260.000 ton/ano).

Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Energia e da Inovação, no Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, em parceria com a RNAE- Associação das Agência de Energia e Ambiente, a ADENE – Agência para a Energia, a EDP Distribuição, o Lighting Living-Lab em Águeda, o CPI – Centro Português de Iluminação Pública e a Associação Nacional de Municípios – ANMP, promoveu o desenvolvimento de um manual de boas práticas para a melhoria do desempenho energético da IP.

Com o documento agora editado pretende-se uma efectiva redução dos consumos de energia associados à iluminação pública sem perda dos níveis de efectivos de iluminação adequados a diferentes situações.

Download do documento (PDF)

https://mail.google.com/mail/u/0/h/1nzb3jo3vh9re/?v=c&th=12dffbf363e9529d

07
Fev11

AREZ EM 28 DE ABRIL DE 1758

DELFOS
O que posso informar sobre os interrogatórios que sua Magestade foy servido remeter a vossa excelência a respeito do que se procura saber desta villa de Arez, respondo a cada interrogatório pellos seus números, o que alludy o hé da forma seguintes:
1,º Fica esta villa de Arez em a província de Alentejo no Bispado e Comarca de Portalegre. He uma só freguesia, nem pertence a outra alguma, nem termo seu.
2.º Hé del rey.
3.º Tem oitenta vizinhos, os quais contam de cento e noventa e duas pessoas mayores, trinta e quatro menores com cincoenta e dous ennocentes.
4,º Está situada em hum pequeno alto do qual se nam descobre povoaçam alguma.
5.º O termo hé seu e nam comprehende lugar nem aldeya alguma.
6.º A paroquia está fora da villa porem chegada ás ruas da mesma de sorte que algumas acabam ao pé da igreja e nam tem a freguezia lugar ou aldeya que lhe pertença.
7.º O seu órago hé Nossa Senhora da Graça, tem três altares, o mor em que está o Santíssimo Sacramento e a imagem da dita senhora e a de sam joam Baptista. Dous collaterais, o da parte do Envagelho, hé da Senhora do Rosário e nelle está a imagem da mesma senhora, mais outra imagem com a senhora com o titulo dos Remédios, e outra do glorioso mártir Santo Sebastião. O da parte da Epístolla tem três imagens uma do glorio Apóstollo sam Pedro, outro do glorioso sam Francisco, e da outra da gloriosa santa Luzia, este altar tem o titollo das almas porem he ornado do que queira, pella confraria do Santíssimo Sacramento. Tem três Irmandades, huma do Santíssimo Sacramento, outra da Confraria da Senhora do Rosário e outra da Confraria das Almas, as quais cada huma he administrada por hum reytor, escrivam, thesoureiro, dous mordomos que todos os annos sam eleyttos e servem os que sahem a mais votos. Nam tem Naves.
8.º O Párocho hé vigário, freyre professo da militar Ordem de Christo apresentando a el rey Nosso Senhor como Gran mestre que he das três ordens militares e as suas ordenações se lhe expedem do tribunal da Mesa da cosnciência E Ordens e afirmadas Pello ditto senhor. Tem de renda em cada hum anno três moyos de trigo vinte mil réis em dinheyro, e sincoenta e dous almudes de vinho, e vinte e quatro arratéis de cera fina obrada com obrigaçam de dar a meyo nosso cura para as funções da igreja pertencentes ao parocho.


Nam tem Beneficiados e somente tem hum thesoureiro, clérigo in minoribus, digo clérigo do habitto de Sam Pedro a apresentado pello tribunal da mesa da Comarca e Ordens, tem de renda em cada hum anno hum moyo de trigo, seis alqueires, vinte seis almudes de vinho com obrigaçam de dar vinho e hóstias para as missas que se dizem na igreja, tem mais vinte e quatro arratéis de cera fina com obrigaçam de dar meio anno a cera que se gastar nas missas e mais funçoens da igreja tem sam tem mais seis tostoens por hir buscar os santos Christo de Porttalegre, e hum cruzado e dous arratéis de sabão para a lavagem da roupa da Igreja e mais hum arratel de incenço para as funções da mesma igreja.

10º Nam tem Convento algum.

11º Nam tem hospital e somente huma casa casa térrea a que chamam Hospital, mas nam tem camas, nem paramento algum, e na ditta caza se acomodam alguns pobres, passajeiros porem sustemtam das esmollas, que os fiéis christoens lhe dam e de algumas que lhe dá a Irmandade da Misericórdia de quem sam as dittas cazas. Nam tem administrador nem renda alguma.

12º Tem Irmandade da Misericórdia hé esta na Ermida do Divino Espírito Santo porem nem se sabe qual foy a sua origem por nam haver livros antigos que procedam como também os da igreja quando o inimigo invadiu este reyno, e entrou em esta villa o anno de mil septecentos e quatro, e dos livros e dos livros que he desde esse tempo a esta parte nam consta cousa alguma e tem a ditta Misericórdia de renda annual reportaos huns annos por outros quatorze mil rés e em qualquer destas couzas nam há cousa notável.

13º Tem duas ermidas, huma do Divino Espírito Santo em a qual faley no interrogatório assima próximo e tem trêsaltares. O principal tem a imagem do mesmo Divino Espirito Santo e o da parte do Envagelho tem a imagem do glorioso santo amaro e o da parte da epístolla tem a imagem do senhor crucificado e está a dita ermida com as portas dentro da villa, e hé administrada pelo provedor e mais irmãos da Misericórdia. Tem outra Ermida do glorioso Santo António que dista desta villa hum quarto de légua e tem somente hum altar com a imagem do mesmo sancto e hé administrada por hum reytor, escrivam, thesoureiro e dous irmãos que todos os annos se elegem.

14º Nam tem romagens em dias certos mas alguns devotos em dias incertos lhe vam fazer romarias.

15º Os moradores desta villa os fructos que recolhem hé de centeyo com alguma abundância, trigo, vinho e azeyte destes três fructos pouco.

16º Tem dous juízes ordinários e camera que consta de juiz dous vereadores, hum procurador e escrivam da camera e nam tem sujeiçam de outra terra.

17º Nam há que dizer a este.

18º Nam há memória de em este se refere e só sahio desta terra o Doutor Miguel Loppes Caldeyra Provedor da Comarca de Évora com beca de Desembargador.

19º Nam há que dizer a este.

20º Nam tem correyo, e se serve pello estafetta da vila de Niza que dista desta quatro légoas e vai levar as cartas desde a cidade de Portalegre que dista seis léguas de huma e doutra villa e as torna a ir buscar no Sábado e no Domingo com ellas.

21º Fica esta villa distante da Cidade de Portalegre, cappital do Bispado, seis légoas e da de Lisboa cappital do reyno trinta e huma légoas.

22º Nam há privilégios nem anteguidades nem couzas dignas de memória.

23º Nam há que dizer a este.

24º Nem a este.

25º _______________________________________________ // ____________________________________________
Nem a este, nem a vigessimo seisto nem septimo.
O que se procura saber d´essa serra he o seguinte:
Enquanto aos interrogatórios de Serra nam tenho que informar pello nam haver no termo desta villa.
______________________________________________ // _____________________________________________
O que se procura saber do Rio d´essa terra he o seguinte:
As questões aos interrogatórios de rios respondo pella ordem delles digo:


Nam tem esta villa e seu termorio notável algum, somente passa pello seu termo huma pequena ribeyra chamada Figueiró que nasce no sítio da courella entre os termos de Alpalham e Castello de Vide e finda no rio Tejo em o sitio dos Oleyros, entre os termos de Vila Flor e Amieyra.

Nam hé a ditta ribeyra caudelosa nem percorre seca no veram.

Nam há que dizer a este.

Nem a este.

Hé a ditta ribeyra de Curso quietto, e nam experimenta arrebatada só quando há alguma tempestade ou invernada grande.

Corre de Nascente a poente.

Cria alguns peixes miúdos, que se costumam pescar lá à cana, são chamados huns Barbos, outros Bordalos e outras pardelhas.

As pescarias se fazem por divertimento quando cada hum quer.

Sam livres as pescarias.

10º As margens da ribeyra se costumam lavrar e semear de pam e nam tem arvoredos.

11º Nam há que dizer a este.

12º Conserva sempre o mesmo nome.

13º Morre em o rio Tejo já ditto em primeiro interrogatório.

14º Nam há que dizer deste.

15º Tem hum pontam de pás com os alicerces de pedra, em o sítio chamado da Nave no termo desta villa.

16º Na mesma ribeyra e termo desta villa está hum lagar de azeyte em o sitio chamado da Billa e dous moinhos, em o sitio chamado o fundo do valle longo e outro em o sítio chamado da Vergeira.

17º Nam há que dizer a este.

18º Hé livre o uso das suas ágoas

19º Tem a ditta ribeyra de comprimento três légoas, pouco mais ou menos passa em pouca distancia da villa de Nisa, e dista desta um quarto de légoa.

20º Nam há que dizer a este. He o que posso informar e dizer sobre os interrogatórios.

Arez, 28 de Abril de 1758

O vigário Frei Paulo Braz Giraldes
Tese de mestrado em História Regional e Local apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008
URI: http://catalogo.ul.pt/F/?func=item-global&doc_library=ULB01&type=03&doc_number=000546695
http://hdl.handle.net/10451/1738



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