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A TERRA do ALTO ALENTEJO

A TERRA do ALTO ALENTEJO

03
Fev11

2.ª PROVA DOS VINHOS DOS PRODUTORES DO CONCELHO DE ALTER DO CHÃO

DELFOS
CONCURSO"Realizou-se pelo segundo ano consecutivo a Prova de Vinhos dos Produtores do Concelho de Alter do Chão, que teve lugar na freguesia de Chancelaria, no dia 29 de Janeiro.
Estiveram presentes 22 produtores, ficando em 1ºlugar o vinho de José Baltazar Cordeiro, de Alter do Chão, o 2º lugar foi para Armando Crespo, de Cunheira e em 3º Manuel Henriques Ferreira, de Cunheira.
A avaliar os vinhos do Concelho estiveram o Presidente e o Vereador da Cultura, da Câmara de Alter do Chão, Francisco Rolo, Vasco Damas e Manuel Cruz.
A 2ª Prova de Vinhos proporcionou um dia de convívio em Chancelaria, com um almoço aberto à população acompanhado de música tradicional portuguesa."
http://www.cm-alter-chao.pt/noticias/noticiasdet.asp?news=504
03
Fev11

CENTRO PALIATIVO DE NISA

DELFOS
Estatisticamente 50% das pessoas vão morrer com cancro e 90% morrem com doença prolongada. Para além disso, com o aumento da esperança de vida, as pessoas vão durante mais tempo enfrentar todas as consequências do envelhecimento, antecipando-se o aumento das suas necessidades.

Terça-feira, 7 de Dezembro de 2010
Conscientes da urgência de intervenção para o alívio do sofrimento, o Centro de Saúde de Nisa decidiu criar este espaço para que doentes e seus familiares possam colocar questões e A 18 de Dezembro de 2008, o Centro de Saúde de Nisa foi premiado pela Administração Regional de Saúde do Alentejo pelo esforço desenvolvido no âmbito dos cuidados continuados e paliativos.

Conscientes de que ainda temos muito caminho a percorrer, para podermos abranger todos utentes no concelho de Nisa, congratulamo-nos pelo reconhecimento público desse esforço. Mais se refere que ao nível dos cuidados paliativos, estão já a decorrer reuniões para oficializar a constituição de uma equipa de suporte comunitário de cuidados paliativos, com o objectivo de aproximar os cuidados de saúde aos doentes e seus familiares, tentando proporcionar a melhor qualidade de vida e bem-estar possível a aqueles que sofrem. Á medida que este serviço for evoluindo mais informações serão prestadas neste local....

Quando tudo deixa de fazer sentido…


…entregamo-nos à dor. Ansiamos que termine tudo. Ansiamos que termine a vida e oramos, sem saber bem a quê ou a quem, que tudo mude, ou que simplesmente deixe de interessar.


Quando tudo deixa de ser desejado, quando tudo nos é indiferente, se estamos ou deixamos de estar, quando o amanhã não nos reserva nada de bom, pensamos… QUERO MORRER!


Dificilmente deixamos de ter empatia com este tipo de sofrimento, pois de uma maneira ou de outra, em certos momentos da nossa vida pensamos o mesmo. Diferente é quando a nossa vida está já a terminar, resultado de alguma doença implacável. Aí a primeira coisa que nos vem à cabeça é: “já está a morrer por isso aproveita a vida!”


Palavras fáceis de dizer, mas que tantas vezes parecem não fazer eco, nem nas nossas mentes, nem nas dos demais. Como poderemos nós saber o que outro sente realmente? Como poderemos nós demonstrar que a vida merece ser vivida? Que sabemos nós do sofrimento “puro e duro” destes doentes? Aquilo que poderemos meramente ansiar são vislumbres de dor… vislumbres estes que o doente pode optar não nos mostrar… protegem-nos. Protegem-se!
Que sentido afinal para uma vida tão diferente daquela desejada? Com a guilhotina pendente sobre o pescoço, como poderemos encontrar sentido nos pequenos momentos? Não basta apenas desejar ser feliz! O esforço necessário para qualquer mudança poderá ser tão grande que um pequeno corpo com a alma amachucada poderá não ser capaz de realizar.

Que fazer? Deixa-te ir. Deixa-te levar pelo tempo e pelo sonho para a Terra do Nunca onde jamais seremos mortais!

Páginas recomendadas

03
Fev11

8.º TT PROVA DOS VINHOS EM VALE DE PESO

DELFOS

O site, "htpp://www.ttverde.com", anuncia no seu espaço:

Evento

Título:

8º Passeio TT Prova dos Vinhos
Data:
05.02.2011
Onde:
Vale do Peso - Concelho do Crato
Tipo:
TT Turístico

Descrição

Já se encontram abertas as inscrições para o 8º TT Prova dos Vinhos em Vale do Peso, a realizar no dia 5 de Fevereiro de 2011.


PREÇOS: Adulto - 30,00 "Rodas"
Crianças dos 6 aos 10 anos - 15,00 "Rodas"
Crianças até aos 5 anos - Grátis
(Reservamo-nos o direito de pedir documento oficial para confirmação da idade das crianças)

INCLUI: Passeio TT, 1 DVD por viatura com filme do passeio, 1 brinde por inscrito (excepto crianças dos 0 aos 5 anos), pequeno almoço, almoço e na parte da tarde entradea livre na já famosa Prova de Vinhos, onde termos saborosos petiscos oferecidos pela Junta de Freguesia de Vale do Peso

Informações e inscrições:

Rui Ferreira
961463575 -

geral@nucleoprogresso.com geral@nucleoprogresso.com

03
Fev11

O FORAL DA VILA DO CRATO

DELFOS
OCRATE

CRATO

1232

Hujus foralis autographum exemplar. ex quo textum descripsimus. in Publico Archivo ab antiquo servatur.

In nomine sancte et indiuidue trinitatis patris et filii et spiritus sancti. Amen. Ego dom melendo gundisalui prior de portugal de la ordim do espital una cum conuentu nostro uollumus populare ocrate. Damus uobis populatoribus tam presentibus quam futuris foros et costumes de nisa: ut duas partes dos caualeros uadant in fossado, et tercia pars remaneat in cuiuitate: et una uice faciant fossadum in anno: Et qui non fuerit ad fossadum pectet pro foro v solidos pro fossadeyra. E pro homicidio pectet e solidos ad palacium. Et pro casa derrota, cum armis, scutis, e spatis, pectet ccc solidos e VII.ª ad palacium. Et qui furtauerit, pectet pro uno nouem, et habeat intentor duos quiniones, et VII partes palacio. Et qui mulier aforciaret et illa clamando dixit quod ab illo est aforciata et ille negaret, det illa autorgamento de tres homines tales qualis ille fuerit, ille iuret cum XII: Et si non habuerit outorgamento iuret ipse solus: Et si non potuerit iurare, pectet ad illam ccc solidos et VII.ª ad palacium. Et testimonia mentirosa, et fidele mentiroso, pectet Lx.ª solidos et VII ad palacium, et duplet el auer. Et qui in concilio aut in mercado aut in ecclesia feriret pectet Lx solidos, medios palacio, et medios concilio et de medio de concilio VII.ª ad palacium. Et omo qui fuerit gentile aut heradoro qui non seat meirino. Et qui in uilla pignos afllando aut fiador et ad montem fuerit prendrar duplet la prendra, et pectet Lx solidos et VII.ª ad palacium. Et qui non fuerit at sinal de iudice et pignos sacudiret ad sayon, pectet I solidum ad iudicem. Et qui nom fuerit ad apelidum caualeiros et peones exceptis hiis qui sunt in seruicio alieno, miles pectet x solidos, peon v solidos ad uicinos. Et qui habuerit aldeam et unum iugum de boues, et xxxx oues, et unum asinum, et duos lectos comparet cauallum. Et qui quebrantauerit sinal cum sua muliere, pectet I solidum ad iudicem. Et mulier que lexauerit suum maritum de benedictione, pectet ccc solidos et VII.ª ad palacium. Et qui lexauerit mulierem suam, pectet I denarium ad iudicem. Et qui cauallum alienum caualgauerit, pro uno die pectet unum carnarium, et si magis pectet las angeyras, pro I.º die VI dineyros, et pro una nocte I solidum. Et qui feriret de lancea aut de spada, por la entrada, pectet xsolidos: Et si trociuerit ad aliam partem pectet x solidos: Et si trociuerit ad aliam partem pectet xx solidos al quereloso. Et qui quebrantauerit oculum aut brachium aut dentem pro unoquoque membro pectet e solidos a lisado, et ille det VIIª ad palacium. Qui mulierem alienam ante suum maritum feriret, pectet xxx.ª solidos et VII.ª ad palacium. Qui conducteiro alienum mactaret, suo amo colligat homicidium et det VII.ª a palacio: similiter de suo ortolano et de quarteyro et de suo molneyro et de suo solarengo. Qui moion alieno in suo ero mudaret, pectet v solidos et VII.ª palacio. Qui linde alieno quebrantauerit, pectet v solidos et VII.ª palacio. Qui habuerit uassalos in suo solar, aut in sua hereditate nom seruiant ad alium hominem de tota sua facienta nisi ad dominum de solar. Tendas, molinos et fornos de omines de ocrate, sint liberi de foro. Milites de ocrate sint in iudicio pro podestades et infanzones de portugal: Clerici uero habeant mores militum: Pedones sint in iudicio pro caualeiros uilanos de alia terra. Qvi uenerit uozeyro ad suum uicinum pro homine de foras uilla, pectet x solidos et VII.ª ad palacium. Ganado de ocrate non sit montado in nulla terra. El homo a qui se anafragaret suum adestrado, quamuis habeat alium, sedeat excusatum usque ad capud anni. Mancebo qui mactaret hominem foras uille et fugerit, suo amo nom pectet homicidium. Pro totis querellis de palacio iudex sit uozero. Qvi in uilla pindrar cum sayone et sacudirent ei pinnus autorguet el sayon et prendat concilio de tres colaciones, et prindet pro Lxª solidos, medios al concilio, et medios ad rancuroso. Barones de ocrate nom sint in prestamo dati. Et si omines de ocrates habuerint iudicium cum hominibus de alia terra, nom currat inter illos firma, sed currat per esquisia aut repto. Et omines qui quesierint pousar cum suo ganato in termino de ocrate, prendant de illis montadigo, de grege de ouibus un carnarios, et de busto das uacas una uaca: Istud montadigo est de concilio. Et omines milites qui fuerint in fossado uel guardia omins cauallos (sic) qui se perdiderint in algara uel in lide primo erectis eos sine quinta et postea detis nobis quintam directam. Et totus homo de ocrate qui inuenerint omines de aliis ciuitatibus in suis terminus taliando aut leuando madeyram de montes premdant totum quod inuenerint sine calumpnia. De azarias et de guardas quintam partem nobis date sine ulla offrecione. Quicunque ganatum mistigo pignorare uel rapere fecerit, pectet Lxª solidos ad palacium, et duplet ganatum suo domino. Testamus uero et perhenniter firmamus, quod quicunque pinnorauerit mercadores uel uiatores christianos, iudeos siue mauros, nisi fuerit fideiussor uel debitor quicunque fecerit pectet Lx solidos palacio, et dupplet ganatum quod prendiderit ad suum dominum: et insuper pectet e morabitinos pro cauto quot fregerit: prior et conuentus habeat medietatem, et concilium medietatem. Siquis ad uestram uillam uenerit per uim cibos aut aliqua res accipere, et ibi mortuus uel percussus fuerit, ad priorem uel ad dominum terre uenerit, pectet c morabitinos, medietatem priori et conuentui, et medietatem concilio. Mandamus et concedimus, quod si aliquis fuerit latro, et si iam per unum annum uel duos furtari, uel rapere dimiserit, si pro aliqua re repetitus fuerit quam comisit, saluet se tanquam latro: Et si latro est et si latro fuit omnino pereat et subbeat penam latronis: Et si aliquis repetitur pro furto et non est latro neque fuit, respondeat ad suos foros. Si aliquis homo filiam alienam repuerit extra suam uoluntatem, donet cam ad suos parentes, et pectet eis ccc morabitinos et VII.ª palacio, et insuper sit homicidi. De portagem: foro de troxel de cuallo de pannis de lanna uel de lino, I solidum: De troxel de lana I solidum: De troxel de fustanes, v solidos: De troxel de panos de color, v solidos: De carrega de pescado, I solidum: De carrega de asino, VI denarios: De carrega de christianis de coniliis, v solidos: De carrega de mauris de coniliis, I morabitinum: Portagem de cauallo qui uendiderint in azougue, I solidum: De mulo, I solidum: De asino, VI denarios: De boue, VI denarios: De carneyro, III mealias: De porco, II denarios: De foron, II denários: De carrega de pane et uino, III mealias: De carrega de peon, I denarium: De mauro que uendiderint in mercato, I solidum: De mouro qui se redimerit, decimam: De mouro qui taliat cum suo domino, decimam: De coiro de uaca et de zeura, II denarios: De corio de ceruo et de gamo, III mealias: De carrega de cera, v solidos: De carrega dazeyte, v solidos: Istud portagem est de homines foras uille, tercia de suo hospite, et duas partes de priore et conuentu. Ego domnus melendus gundisalui prior de o espital una cum conuentu nostro, hanc cartam confirmauimus, et roborauimus. Et siquis hanc cartam irruperc uoluerit uel contradicere, sit maledictus, et excomunicatus. Amen. Facta carta idus octo dies decebrii (sic). Sub era M.ª CC.ª LXX,ª
Frater Johannes menendi comendator belueer conf. -- Frater Martinus iohannis cappellanus sartaginis conf. -- Frater Menendus pelaggi capellanus prioris conf. -- Frater Johannes pelagii conf. -- Frater Stephanus michaelis conf. -- Frater J. ramiriz conf.
Frater M. petri budel -- Frater Laurencius suerii -- Frater Stephanus iohannis -- Frater Dominicus petri -- Frater Pelagius -- Frater M. gonsalui -- Frater P. Saluati, test.
P. pelagii presbiter -- P. gonsalui presbiter, test.
Dominicus pelagii -- Laurencius gomecii --
Johannes martini -- M. pelagii iudex, test.
O trabalho exposto e batido na tecla é uma EDIÇÃO da CÂMARA MUNICIPAL DO CRATO. Foi a mesma realizada e publicada, a edição, o ano de 1995 decorria quando esta 3.ª edição foi publicada. O seu autor, um senhor chamado M. INÁCIO PESTANA. O título que deu ao seu manuscrito e obra literária - a que nos estamos a referenciar - o referido senhor escolheu FORAL DA VILA DO CRATO. É uma obra e um livro - segundo as palavras do mesmo - o texto que publicou, a atrás citado, é o texto original e foi publicado por Alexandre Herculano in PORTUGALIAE MONUMENTA HISTORICA / Leges et Consuetudines / Vol. I / Fasc. IV. 1856


Mas o blog, o "ALENTEJO no NORTE" ao vosso dispor, apenas diz que o testamento e o legado é muito. Gostava de voltar e assim a edilidade e respectiva Câmara Municipal do Crato assim lho permita. Acabar o que deixou o blog ficar pela metade. Não deixaria de ser um prazer imenso de quem vive este Alentejo e que começa aqui no Norte Alentejano e distrito de Portalegre, este Crato, este concelho um dia imenso que tinha debaixo de si e era o coração e o dono de 12 vilas e muita boa gente diz que elas eram acasteladas. Não compreendeu ainda o blog como é que a coisa chegou a este presente. Lhe estão tirando tudo, a esta Rainha e Rei de um dia e um poder imenso entre as suas e nas suas terras e como a coisa abalou e partiu. Que não compreende e não consegue compreender como se perde uma virilidade e uma força tremenda e se perdeu a influência em passados assim muita passados. Não faz sentido ou lá uma compreensão muita lenta. Ao menos, por favor, não lhe queiram roubar a linha do comboio e os projectos que existem para esta Zona... Mas gostava de voltar ao que deixou ficar pela metade. A coisa e assunto traduzido "ainda tem mais encanto" e estas terras do Crato, este concelho do Crato, esta região ainda é muito mais imensa...
03
Fev11

A PINGA NO CONCELHO DE GAVIÃO É MUITA QUALIDADE

DELFOS

Uma Pausa no Gavião


A região, Gavião, não é propriamente conhecida pelos seus vinhos, aliás, os produtores locais são tão poucos e recentes que contam-se pelos dedos de uma mão os vinhos de qualidade saídos deste Norte Alentejo, paredes meias com o rio Tejo, com as Beiras e o Ribatejo logo ali à espreita. Uma encruzilhada de solos, climas, paisagens.


Com este cenário, foram poucos, ainda, os produtores que se aventuraram numa região onde o nome não vende, apesar de jurarem a pé juntos que este é um dos melhores terroirs de Portugal.

Um deste aventureiros, Ilex, entrou com os seus vinhos no mercado com a colheita de 2006 e, presentemente, nas prateleiras, está a colheita de 2007 e o reserva de 2006, vinhos esses já medalhados em vários concurso nacionais e internacionais.




Curiosa a escolha das castas, onde a Touriga Nacional está em largo destaque, mas onde também temos a nortanhasTinta Barroca e o Tinto Cão, nas nossas, e Petit Verdot, nas imigrantes, uma casta cada vez mais usada em terras alentejanas derivado ao aumento das temperaturas, dizem os entendidos.




Pausa tinto 2007

Um vinho que vive da fruta séria e da frescura que apresenta na boca, que o faz um bom parceiro para o dia a dia, apesar do preço já andar por volta dos 6/7 euros. (87/100)


Pausa Reserva tinto 2006

Mais concentrado, a mesma fruta elegante, aromas que nos transportam para o campo, com madeira bem integrada, boa frescura. Um bom vinho, com qualidade evidente. Custa cerca de 10 euros. (90/100)

In http://pingamor.blogspot.com/2011/01/uma-pausa-no-gaviao.html

03
Fev11

TOLOSA ULTRAPASSA A FRONTEIRA

DELFOS

De informação Particular, de 6 de Janeiro de 1977, oferecida por António Augusto Batalha Gouveia:

"Dos inúmeros topónimos portugueses cuja origem lexial remota a um passado linguístico pré-indo-europeu, TOLOSA é um deles como se irá ter ocasião de verificar.
Tem-se dito que esta graciosa vila do Alto Alentejo foi fundada por elementos do mesmo clã que no sudoeste francês e na vizinha Espanha fundaram outras "Tolosas".
Quer isto dizer que o estudo relativo à origem do topónimo Tolosa servirão simultâneamente aos três países.

Acerca da Tolosa francesa (Toulouse), o Grande Larouse refere que o nome da importante cidade do Alto-Garona teria origem no apelido do rei mítico Tolus, descendente de Jafeth, um dos filhos do Noé bíblico. Por esta lenda, que alguma verdade encerra, se pode aquilatar da extrema antiguidade do topónimo Tolosa.

O interesse da lenda reside na circunstância de os escribas bíblicos considerarem Jafeth como o ancestral dos povos não semíticos nem camíticos, o que o coloca como o Pai dos povos indo-europeus e asiânicos. Estes asiânicos também conhecidos pelos nomes de turânicos ou simplesmente túrias, cujo "ubi", original havia sido o planalto do Turam, habitavam a Ásia Central e Setentrional, tendo-se dividido em três grupos a saber: os Sumérios, que ocupam o sul do Iraque: os Hurritas, que se estabeleceram entre a Síria e o Iraque, e finalmente, os Pro-Hititas que se espalharam pela Anatólia.

Entre os quatro e terceiros milénios da nossa era, operou-se uma migração maciça dos povos turânicos, os quais irradiaram para o Ocidente em várias direcções, tendo atingido a Itália, a Gália e a Ibéria.
Na Itália fundaram o reino da Atúria, nome que os romanos corromperam em Etrúria, designando o mar que lhes ficava fronteiro de Turano, fonetizando Tyrreno pelos habitantes do Lácio. Os turanos ou túrias, tinham como tótem tribal o touro (da raiz Tur), o qual era associado aos astros que comandavam as forças vitais da natureza, principalmente aquelas relacionadas com as perturbações atmosféricas.

O nome português tirano tem origem no gentílico turano, envolvendo aquele o conhecido conceito de "soberano absoluto" ou "despótico".
Entre os etruscos, conhecidos pelos gregos sob o nome de Tyrrenos, pontificava uma deusa do mar chamada Turam, a qual tinha a beleza fascinante da Afrodite grega e da Vénus romana.

Na faixa ocidental ibéria, os historiadores antigos registam a presença de clãs turânicos, tal como se reconhece nos gentílicos Turdetanos, Turoldis, Turones, Túrdulos, etc., povos que habitavam principalmente a área compreendida entre o Rio Mondego e o Litoral Algarvio.
O topónimo pré-cristão de Portalegre era Turóbriga, a qual a Turóbriga foi tempos pré-romanos sede de uma área cultural dedicada a uma divindade Atalgina Turobrigensis Dea.

O fonetismo incipiente das falas pré-indo-europeias, deu lugar a que o timbre da vogal imediana nas bases triliterais sofresse variações, o que fez com que a voz Tur também revestisse a prosódia Tar, a qual, por sua vez desenvolveu os heterófones Thar, Dar, e Der.
Os antigos Persas e os Babilónios, além de decorarem os painéis de tijolos envernizados das portas das cidades, com frisos de touros alados, postavam ainda dos seus lados esculturas de touros antropocéfalos, com a missão religiosa de guardarem e protegerem os citadinos.

Esta circunstância provocou na esfera semântica a conotação dos conceitos "Touro" e "porta" e daí o antigo alto-alemão Turi (actual Tor), o germânico dur, o antigo inglês duru (hoje door) e o grego Thura, todos com o sentido de "porta". Por seu turno o antigo Persa dispunha da variante Thar (actual Dar) para dominar a "porta".

A voz asiânica supracitada Turu "Touro" ou "porta" além do referido termo helénico Thura "porta" desenvolveu ainda a variante dialectual grega puros, donde o topónimo homérico Pylos designativo de Porta. A histórica cidade real persa Astar, também grafada Assar, foi pelos gregos apelidada de "Cem Portas" - Hekatompylos.
A dicção Tur ou Turu, por variação do ponto de articulação da variante r, evolui para Tul, Tulu, Tol, Tolu, etc., fenómeno este comum ao acima citado Puros helénico (Pylos).

Aquando da restauração da Porta de Isthar (corrupção caldaica da voz Astar, literalmente "Deus da Porta" ou "Planeta de vénus") na cidade da Babilónia, ordenada po Nabukhodonosor, este mandou gravar em placas de barro cozido os seguintes dizeres "... revesti a porta com tijolos esmaltados de azul, sobre os quais estavam representados touros selvagens e dragões. Mandei colocar sobre a Porta vigas de cedro revestidas de cobre, com seus suportes de bronze. Altivos touros de bronze e dragões furiosos foram postados à entrada. Embelezei esta porta a fim de provocar a admiração de todos os povos". (Babylone, colecção "Que Sais-je?)
Esta "vaidade" de Nabukhodonosar haveria de se transmitir à posteriedade na expressão portuguesa Tolo (de Tolu "porta"), o que aliás é corroborado pelo alemão Tor (Tolo e porta).

Desta forma se encontra investigado o primeiro termo constituido do topónimo Tolosa, isto é Tol ou Tolu; irei seguidamente examinar o segundo, ou seja osa.

Quando estudei o topónimo Nisa, aludi ao tema Usa ou Uza como sendo um dos nomes pelo qual era conhecido o planeta Vénus.
O Assírio dispunha igualmente da palavra Usa para denominar aquele planeta, já então considerado como o símbolo astral do amor, tendo o mesmo nome passado ao árabe com igual significado.

Donde priviria o termo assírico Usa? Os asiânicos, designadamente os Sumérios chamavam ao Sol o deus Utu. A páreda deste, Uta foi o protótipo do latim Uita "vida". Uta desenvolveu ainda os alófonos Utha, Utsa e finalmente Uza: O nome que os babilónios davam ao seu Noé diluviano era o de Uta - Napyshtym o qual se pode traduzir por "Vida das águas do Senhor".
A propósito do latim Uita oiçamos o que a seu respeito diz o eminente latinista A. Meillet:
"Acerca do latim uita "vida", não tenho a certeza se ele deriva de uinus, "vivo" ou se, por outro lado, não repousará sobre um antigo "gwita" prototipo do grego biotos, encurtado na forma "bios" "vida".

Eis, pois, chegado ao fim deste estudo.

O toponómio Tolosa traduz, como se acaba de ver, o mesmo conceito religioso que os babilónios davam, à maravilhosa PORTA DE ISHTAR, isto é, PORTA DE VÈNUS, PORTA DO AMOR, ou PORTA DA VIDA.
Não admira, pois, que os Tolosanos ou Tolosenses hajam consagrado a sua vetusta terra a Nossa Senhora da Encarnação, a qual através do amor vai servindo os desígnios de Deus."

Que maravilha... Mas foi Alexandre de Carvalho Costa que o cita...

03
Fev11

RIBEIRA DA VILA - BELVER

DELFOS




Esta Ribeira da Vila é assim denominada porque desde o seu nascimento até á foz percorre muitas das aldeias da Freguesia de Belver
em todo o seu precurso é facilmente visivel antigos lagares e moinhos na maior parte totalmente degradados ou em ruinas embora exista casos esporadicos de recuperação para habitação ou mesmo recuperação de lagares agora movidos a electricidade




O Municipio de Gavião http://www.cm-gaviao.pt/ tem feito um esforço para dinamizar o concelho rico em ribeiras, açudes e Antas que existem no concelho. Actualmente, o Municipio marcou no terreno, varios percursos pedestres que levam os caminheiros e visitantes a lugares desconhecidos até hoje.



"Tudo está ligado. Devem ensinar aos vossos
filhos que o solo que pisam são as cinzas dos
nossos avós. Inculquem nos vossos filhos que
a terra está inrequecida com as vidas dos
nossos semelhantes, para que saibam
respeitá-la.
Ensinem aos vossos filhos aquilo que nós
temos ensinado aos nossos, que a terra é
nossa mãe. Tudo quanto acontecerá terra é
acontecerá aos filhos da terra. Se os homens
cospem no solo, cospem em si proprios... "


Excerto da Carta do Chefe Seatle em1854 ao Grande Chefe Branco de Washington.


"Poema Ecológico"
Livro de Júlio Roberto

http://www.cm-gaviao.pt/ambiente/index.htm

Fonte: "htpp://www.geocaching.com/seek/cache_details.aspx?guid=11bdbdc6-fO65-4ce2-ad63-ac551948442f "
03
Fev11

UM CASAMENTO EM TOLOSA (1925)

DELFOS

"José Leite de Vasconcellos foi um dos maiores arqueólogos e etnólogos portugueses do século passado. Privilegiando o trabalho de campo, dedicou especial atenção e carinho à nossa região, aonde vinha com frequência, pernoitando nas casas de pessoas amigas, em Tolosa, Gáfete ou em Nisa. Não admira, pois, que na sua principal obra, de dez volumes "Etnografia Portuguesa", encontremos abundantes referências sobre quase todas as terras do concelho de Nisa e do Crato. A descrição que segue foi vivida pelo próprio autor de "Regiões da Lusitânia" (outra das suas obras mais conhecidas), em Tolosa.
Casamento a que assisti, em 30 de Dezembro de 1925
"Depois da cerimónia da igreja, em que nada houve de especial senão a bênção dos anéis, que os noivos trocaram entre si, passou-se às cerimónias profanas.
Os noivos saíram da igreja ao som do sino, acompanhados dos padrinhos e convidados. A noiva e as duas madrinhas iam vestidas de preto, com a cabeça coberta por mantilhas ou côcas ; o noivo como os padrinhos e convidados, trajava ao modo corrente: jaqueta curta, cinta de pontas à dependura, chapéu de pano...
O acompanhamento seguiu para casa da noiva, onde a família desta havia preparado um copo-de-água, isto é, vinho de pasto, bolos e tremoços.
A noiva ficou em casa da família e o resto das pessoas seguiu com o noivo para casa da família deste, onde o deixou: todos aí beberam, igualmente, vinho e comeram bolos.
Durante o percurso, vinha gente às portas e às janelas, e os padrinhos deitavam-lhe confeitos e amêndoas doces tal como ao rapazio que logo na igreja se juntara e seguira à frente de tudo com grande algazarra.
Seguiram os convidados da noiva para casa da família dela e aí tiveram uma boda ou jantar; os do noivo ficaram com este e tiveram também a sua boda. Depois disto é que os noivos se juntaram e foram habitar em casa própria. Constava esta de dois compartimentos: cozinha e quarto de dormir, muito limpinhos.
Na cozinha, que é a par da sala de entrada, sobressaía, diante da porta, segundo o costume, a cantareira, com a sua estante nova, pratos novos e asados, postos no poial, empedrados e frescos, com seus testos e panelinhas na boca.
A outro lado da cozinha, estava uma mesa, coberta de toalha branca e rendada e, em cima, bonecos de barro e bugigangas análogas. No quarto, uma particularidade própria do dia: sobre a cama, uma rima de cobertores e cobertas, de variadas cores, e, na beira, pregados, uma porção de roda-pés, uns sobre os outros.
Todo o arranjo da casa é feito à custa da noiva; o noivo leva, apenas, o seu vestuário e as ferramentas com que trabalha.
Por cada casamento o pároco recebe, além de dinheiro, meio alqueire de trigo, dois litros de vinho, uma quarta de carne e uma galinha. Outras notas sobre o assunto tomou o autor, em ocasiões várias, igualmente em Tolosa.
Na antevéspera do casamento, vão as raparigas solteiras e amigas da noiva compor-lhe a
casa, sobretudo a sala e a cama. Roupa de uma cama de noivos: 10 roda-pés de pano corado, paninhos, etc., com bordados; um colchão, 5 cobertores, 5 lençóis de cabeceira, com dobra bordada, 2 travesseiros, 4 travesseiras.
Na véspera do dia, jantam padrinhos e convidados em casa dos pais do noivo e da noiva, depois do que há bailho até de manhã, ao som do harmónio e da concertina.
No dia do casamento, de manhã, vão à fonte as amigas da noiva à água para o consumo do dia. A madrinha vai buscar a noiva e o padrinho o noivo. Saem para a rua, vêm atrás os convidados, alguns com pratos de flores e papelinhos que hão-de deitar sobre os noivos, depois da cerimónia eclesiástica. Segue-se o registo civil, e vão depois para a igreja.
As pessoas amigas atiram das janelas e da rua sobre o cortejo, que vem da igreja, flores,
arroz e papelinhos, enquanto os padrinhos depõem amêndoas nas bandejas e as atiram ao rapazio da rua. Baila-se na noite do casamento até de madrugada, e não em local certo mas em casa a isso adequada.
Os noivos retiram-se para a sua pela meia-noite. Aparece-lhes, depois, um descante à porta - entoam os rapazes cantigas ao som da guitarra ou do harmónio - e os noivos levantam-se para distribuir vinho e bolos.
Versos do descante:
Viva o noivo mais a noiva,
Viva o pai que os criou
E o padrinho e a madrinha
Que à igreja os acompanhou!

Viva o noivo mais a noiva,
Que se foram já casar!
Deus le dê muita saúde
E bons anos prá gozar!

Viva o noivo mais a noiva
Raminho de erva cidreira,
Já fôstades à igreja
Pôr o nome de casada
E perder o de solteira.

Já fôstades à igreja,
Linda rosa encarnada,
Perder o nome de solteira
E buscar o de casada.
Num 4º dia, logo de manhã, as madrinhas levam aos noivos café e fatias (fatias de pão de trigo, fritas com ovos e açúcar) e no mesmo dia dá-se almoço e jantar outra vez aos noivos e comitiva em casa dos pais de cada um deles, seguindo-se novo bailho. Só, então, acaba a boda.
Os noivos só depois do casamento comem juntos; um dia em casa dos pais de um, outro dia em casa dos pais do outro."

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